Fotógrafo retrata famílias de Aveiro em tempos de isolamento
Com recurso a um drone, e com as devidas autorizações, Diogo Ramos Moreira fotografou mais de uma dezena de cidadãos nas varandas, terraços ou jardins.
Diogo Ramos Moreira sentiu que tinha de retratar este momento que veio alterar grande parte das nossas vivências. A paixão e ligação profissional à fotografia impeliram este aveirense a sair para a rua e a fazer um registo destes tempos de isolamento. As ruas vazias eram a prova de que as famílias estavam a cumprir a ordem para ficar em casa e foi precisamente isso que Diogo Ramos Moreira quis retratar. Com recurso a um drone, e com as devidas autorizações, fotografou mais de uma dezena de famílias de Aveiro a partir das suas varandas, terraços ou jardins. O projecto, a que deu o nome de 40ENA, já está disponível na Internet e deverá estender-se a outros lares. Sempre, com a devida distância.
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Diogo Ramos Moreira sentiu que tinha de retratar este momento que veio alterar grande parte das nossas vivências. A paixão e ligação profissional à fotografia impeliram este aveirense a sair para a rua e a fazer um registo destes tempos de isolamento. As ruas vazias eram a prova de que as famílias estavam a cumprir a ordem para ficar em casa e foi precisamente isso que Diogo Ramos Moreira quis retratar. Com recurso a um drone, e com as devidas autorizações, fotografou mais de uma dezena de famílias de Aveiro a partir das suas varandas, terraços ou jardins. O projecto, a que deu o nome de 40ENA, já está disponível na Internet e deverá estender-se a outros lares. Sempre, com a devida distância.
Acima de tudo, o fotógrafo aveirense, de 37 anos, conseguiu captar momentos felizes e alegres. “As pessoas transmitem um ambiente positivo”, destaca, realçando, também, o facto de todas as famílias terem concordado com a ideia de serem fotografadas. E assim que foram conhecidas as primeiras imagens, Diogo Ramos Moreira conseguiu obter mais umas quantas autorizações para chegar a novas varandas e terraços. “Será um projecto para continuar, retratando mais famílias da região”, assegurou o fotógrafo em declarações ao PÚBLICO. Assim que o sol voltar a dar o ar da sua graça, o drone voltará a voar.
Diogo Ramos Moreira acredita que qualquer uma destas fotografias “terá um impacto ainda maior daqui a 20 anos, quando os mais novos olharem para este registo do passado”. “São, para mim, fotografias de uma vida e espero que para eles também”, realça.
Mas mais do ajudar a contar a história, o fotógrafo quer deixar uma marca no presente: “incentivar as pessoas a actividades diárias diferenciadas e se possível no exterior”. “Estas fotografias demonstram que apesar de estarem retidas em casa, as pessoas conseguem ter boa disposição”, argumenta.
Depois de já ter visto as suas fotografias várias vezes expostas em galerias e museus – uma das suas exposições foi adquirida na íntegra pela Colecção Berardo -, Diogo Ramos Moreira não afasta a possibilidade de também este projecto vir a dar lugar a uma exibição. Por agora, está patente nas redes sociais e no website do fotógrafo.