OPEP e Rússia acordam corte da produção para tentar travar queda dos preços
Acordo prevê a redução da produção diária em 10 milhões de barris entre Arábia Saudita e Rússia. Investidores não ficaram convencidos e o petróleo voltou a cair nos mercados.
Dois dos maiores produtores de petróleo alinhavaram um corte de produção de 10 milhões de barris por dia para tentar compensar a queda sem precedentes da procura global de petróleo, em plena pandemia de covid-19. Mas o acordo entre a Arábia Saudita e a Rússia, que se disponibilizaram para reduzir a sua produção própria em cinco milhões de barris diários, cada, não convenceu os mercados.
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Dois dos maiores produtores de petróleo alinhavaram um corte de produção de 10 milhões de barris por dia para tentar compensar a queda sem precedentes da procura global de petróleo, em plena pandemia de covid-19. Mas o acordo entre a Arábia Saudita e a Rússia, que se disponibilizaram para reduzir a sua produção própria em cinco milhões de barris diários, cada, não convenceu os mercados.
O acordo definido na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo com outros países produtores (OPEP+) foi sinalizado durante a madrugada de quinta para sexta-feira, segundo noticiou o Financial Times, mas não convenceu os investidores, tendo o preço do barril de brent (referência para Portugal) reagido com uma queda de 5% para os 31,48 dólares, depois de ter acumulado uma subida de 11% na expectativa de um acordo mais decisivo antes de a reunião começar.
O corte de produção em causa representa 10% do total de produção antes da crise, a maior redução do género desde a criação da OPEP e deverá ser reposto gradualmente até Abril de 2022. E prevê que outros produtores da OPEP+ cortem uns adicionais cinco milhões de barris por dia, em especial os EUA e o Canadá. Este acordo surge na sequência da pressão dos Estados Unidos mas não contou com o apoio de um importante produtor de petróleo, o México, que abandonou a reunião e anunciou que tinha proposto um corte de apenas 100 mil barris por dia, cerca de 10% da sua produção.
Esta sexta-feira, os ministros da Energia das 20 maiores economias (G20) vão reunir-se para ratificar este corte da produção.