Covid-19: Há “uma queda a pique do mercado” do livro e o sector está em layoff, revela a APEL
O encerramento das livrarias levou a uma queda de 83% nas vendas de livros na semana de 23 a 29 de Março segundo números do painel de vendas Gfk.
De 23 a 29 de Março, a semana 13 deste ano, houve menos 83% de vendas de livros em livrarias, que são o principal canal da venda a retalho, e menos 28% de vendas nos hipermercados comparativamente com a semana homóloga de 2019. Estes números, com base no painel de vendas de livros da Gfk, foram divulgados esta quarta-feira pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL). “O encerramento das livrarias teve como consequência a queda a pique do mercado: menos 83% de vendas nas livrarias, que são o principal canal da venda a retalho, pesando 76% das vendas e são determinantes para a evolução futura da actividade. O reflexo imediato são milhares de pessoas em layoff ou sem trabalho”, diz a APEL em comunicado.
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De 23 a 29 de Março, a semana 13 deste ano, houve menos 83% de vendas de livros em livrarias, que são o principal canal da venda a retalho, e menos 28% de vendas nos hipermercados comparativamente com a semana homóloga de 2019. Estes números, com base no painel de vendas de livros da Gfk, foram divulgados esta quarta-feira pela Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL). “O encerramento das livrarias teve como consequência a queda a pique do mercado: menos 83% de vendas nas livrarias, que são o principal canal da venda a retalho, pesando 76% das vendas e são determinantes para a evolução futura da actividade. O reflexo imediato são milhares de pessoas em layoff ou sem trabalho”, diz a APEL em comunicado.
A APEL anuncia ainda que questionou os seus associados e chegou à conclusão que “muitos editores e livreiros” encerraram os seus escritórios e livrarias, mantendo “apenas alguns serviços mínimos presenciais ou em teletrabalho, tendo suspendido os novos projectos” editoriais. “Todos os restantes trabalhadores estão em layoff, e milhares de prestadores de serviços independentes sem trabalho, uma situação que afecta autores, tradutores, paginadores e outros serviços especializados até empresas gráficas. A rotura financeira é iminente para muitos deles, com consequências de extrema gravidade para futuro”, lê-se no comunicado que indica ainda que a APEL tem estado em contacto com as entidades governamentais, alertando para “a fragilidade do sector que poderá não ter condições de recuperação da actual crise, e para a urgência de medidas específicas e excepcionais de apoio para o sector.”
Portugal entrou em estado de emergência a 19 de Março por causa da pandemia da covid-19 e na semana 12, entre 16 e 22 de Março, a venda de livros em Portugal teve uma quebra superior a dois terços do valor (-65,8%), em comparação com a semana homóloga do ano passado. Neste período, foram vendidos menos 121,6 mil unidades (um total de 70.427 face a 192.073 unidades vendidas na mesma semana do ano passado), o que representa uma quebra de 1,6 milhões de euros no mercado total (858.811 milhões contra 2.510.926 milhões no período homólogo). Por sector, esta redução na compra de livros atingiu os 40% nos hipermercados e os 73% em livrarias e outros espaços de venda de livros.