Jornal do Fundão vai doar parte das receitas para ajudar hospitais da Beira Interior

Intitulada “Vamos Proteger quem nos Protege” e a decorrer durante Abril, a campanha visa doar metade das receitas publicitárias e do valor de cada nova assinatura para aquisição de equipamentos de protecção.

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CARLA CARVALHO TOMAS / PUBLICO

O Jornal do Fundão vai doar metade das receitas publicitárias e metade do valor de cada nova assinatura a três hospitais da Beira Interior. A iniciativa decorre durante o mês de Abril e tenciona ajudar os profissionais de saúde a combater a pandemia do covid-19. O Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco e a Unidade Local de Saúde da Guarda receberão os fundos angariados para a aquisição de material de protecção.

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O Jornal do Fundão vai doar metade das receitas publicitárias e metade do valor de cada nova assinatura a três hospitais da Beira Interior. A iniciativa decorre durante o mês de Abril e tenciona ajudar os profissionais de saúde a combater a pandemia do covid-19. O Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira, a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco e a Unidade Local de Saúde da Guarda receberão os fundos angariados para a aquisição de material de protecção.

Nuno Francisco, director do Jornal do Fundão, explica que é parte integral da publicação estar presente “junto da comunidade nos momentos difíceis”. O jornal regional, continua, “tem uma longa tradição de intervir na região, não só com os papéis tradicionais enquanto órgão de comunicação, mas também, estando numa região do interior naturalmente fragilizada por vários aspectos económicos e sociais, estando disponível para ajudar a região sempre que puder”. Neste momento, “esta é a forma mais urgente e premente de tentarmos ajudar”.

O jornalista admite que, “naturalmente, a imprensa também está a passar por uma fase difícil”, e por isso mesmo conta com o apoio dos anunciantes para, em conjunto, darem um contributo mais visível à região. Nas edições de 9, 16, 23 e 30 de Abril, “as empresas e instituições que aderirem a esta campanha beneficiarão da promoção de valores de solidariedade e responsabilidade social que serão comunicados nas diversas plataformas” do órgão de comunicação social e poderão, também, “produzir materiais de comunicação alusivos à adesão a esta campanha”, é dito em comunicado. Cada elemento publicitário será acompanhado da informação “Vamos Proteger quem nos Protege - Metade do valor desta inserção publicitária reverte a favor de Hospitais da Beira Interior”.

Para lá dos anunciantes, os leitores também podem participar na campanha. Até 30 de Abril, metade do valor de cada assinatura feita, tanto na modalidade papel como na online, será igualmente utilizada na aquisição de materiais médicos. Nuno Francisco refere que já foram feitos os contactos com as administrações hospitalares, de forma a perceber quais os produtos mais urgentes. Acabando a campanha no final do mês, no início de Maio o jornal procederá à compra dos materiais que forem necessários, dependendo “daquilo que o mercado tenha disponível no momento”.

Óculos, máscaras cirúrgicas, gel para desinfecção das mãos, luvas e viseiras farão parte do material de protecção adquirido. “Também estamos já a fazer alguns contactos junto de pessoas que conhecem o meio e nos podem ajudar a auscultar o mercado, para tentar perceber o que estará disponível em Maio, para as receitas avançarem directamente e depois serem distribuídas equitativamente pelos três hospitais da região - Fundão, Guarda e Castelo Branco”, sublinha.

Dificuldades da imprensa e possíveis soluções

No final de Março, já a Associação Portuguesa de Imprensa e a Associação de Imprensa de Inspiração Cristã enviaram cartas a todos os presidentes de câmaras municipais e juntas de freguesia do país com uma proposta para salvaguardar a sustentabilidade financeira dos jornais locais, pedindo que comprem espaço publicitário nas publicações regionais durante um ano. Também o Sindicato dos Jornalistas tem apelado ao Governo a aprovação de um “pacote de apoios à comunicação social, sob pena de o sector colapsar no actual contexto de epidemia”, contou Paula Sofia Luz ao PÚBLICO.