Covid-19: produção de caixões em Chaves mais do que duplica devido à pandemia em Espanha

A empresa produz exclusivamente para Espanha, mas agora praticamente toda a produção se destina a Madrid, onde há mais mortos devido à covid-19.

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Por todo o mundo têm-se fabricado mais caixões. As funerárias têm mais procura devido às vítimas da covid-19 Reuters/GONZALO FUENTES

A Mallat, uma empresa de caixões de Chaves, que produz exclusivamente para Espanha, mais do que duplicou a capacidade de produção e contratou mais seis trabalhadores devido à pandemia de covid-19, adiantou esta terça-feira à Lusa a directora-geral da empresa, María Chao.

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A Mallat, uma empresa de caixões de Chaves, que produz exclusivamente para Espanha, mais do que duplicou a capacidade de produção e contratou mais seis trabalhadores devido à pandemia de covid-19, adiantou esta terça-feira à Lusa a directora-geral da empresa, María Chao.

“Neste momento, estamos a trabalhar em capacidade máxima de rendimento, pois a procura que há em Espanha é muito elevada”, informou María Chao, que explicou que a capacidade de produção aumentou duas vezes e meia, estando a sua empresa a produzir cerca de 2500 caixões por mês desde o início de Março.

“Já tivemos que contratar mais seis pessoas nas últimas três semanas, para reforçar a equipa de 22 trabalhadores que já tínhamos”, acrescentou.

A responsável pela empresa portuguesa, que é também a directora-geral da empresa espanhola Ataúdes Chao, explicou que a fábrica em Chaves “tem sido imprescindível” para ter uma maior capacidade de produção. Todo o material é destinado a Espanha, mas agora “praticamente toda a produção se destina à comunidade de Madrid, onde há mais falecidos devido à covid-19”, sublinhou.

Para María Chao, não tem havido falta de matéria-prima nem de espaço na empresa em Chaves, pois tudo o que é produzido vai “imediatamente, de camião”, para os armazéns em Espanha. 

Sendo a empresa sediada em Portugal, a responsável garantiu que está a ser seguido todo o “protocolo de segurança e condições de higiene para todos os trabalhadores e instalações”, tendo considerado ainda que em Portugal a pandemia não será tão grave como em Espanha, porque “foram tomadas medidas de forma atempada”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infectou mais de 1,3 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 73 mil.

O continente europeu, com cerca de 696 mil infectados e mais de 53 mil mortos, é aquele onde se regista o maior número de casos. Espanha é o segundo país com maior número de mortes, registando 13.798 mortos, entre 140.510 casos de infecção confirmados até esta terça-feira, sendo a maioria na capital.