Marcelo sai uma vez por semana, passa Páscoa em Belém e usa máscara nas compras

O Presidente da República explicou que decidiu usar máscara de protecção depois de uma conversa com os netos. Tem 71 anos.

Foto
O Presidente da República comprando pão e queijo DR

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este sábado, que, para se proteger do surto de covid-19, só sai em trabalho uma vez semana, usa máscara nas compras e vai passar a Páscoa confinado no Palácio de Belém. O PÚBLICO incluiu na sua edição de papel, uma foto do Presidente a comprar pão e queijo, usando máscara.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou este sábado, que, para se proteger do surto de covid-19, só sai em trabalho uma vez semana, usa máscara nas compras e vai passar a Páscoa confinado no Palácio de Belém. O PÚBLICO incluiu na sua edição de papel, uma foto do Presidente a comprar pão e queijo, usando máscara.

Durante uma visita a uma produção de tomate no concelho de Vila Franca de Xira, Marcelo Rebelo de Sousa explicou aos jornalistas a forma como procura conciliar o exercício das suas funções com a protecção da sua saúde.

O Presidente, que tem 71 anos, salientou que o “dever especial de protecção” a que estão actualmente obrigados os maiores de 70 anos não se aplica, entre outros, aos titulares de cargos políticos, “que têm de ter deslocações, não muitas, mas exemplares, para mostrar aquilo que se está a fazer e apoiar o que se está a fazer”.

“Isso tem de ser gerido comedidamente pelos responsáveis políticos que, obviamente, no resto, devem fazer o que é o regime dos mais de 70 anos, que é o que que faço”, considerou, exemplificando: “Vou às compras, devidamente protegido nos meios fechados”. Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que quando vai às compras, uma ou duas vezes por semana, usa máscara e também luvas.

“Uso máscara, isso é uma ideia que me veio até um bocadinho daquilo que os meus netos me contaram que foi a lição da China. A China tem outra tradição de utilização de máscaras”, referiu.

“Mas eu penso que quando vou a uma loja comercial fazer compras e há um encontro com mais gente num meio fechado, devo usar luvas e máscara, para não tocar nos produtos alimentares e noutras coisas assim, embalagens e tal. É uma forma de protecção que me tem valido, aparentemente, até agora, estar negativo”, completou.

Além disso, evita ser transportado de carro: “Eu agora conduzo o meu carro sempre - hoje abri uma excepção - para não vir com mais ninguém”.

Quanto às saídas em trabalho, entende que não se deve “abusar” e, por isso, adoptou como regra “uma por semana”.

No sábado passado, visitou uma farmacêutica, em Loures, e hoje quis mostrar o seu apoio ao sector agrícola. Há duas semanas, foi ver a forma como está a ser preparado o acolhimento de pessoas em situação de sem-abrigo num pavilhão municipal em Lisboa, dessa vez sem comunicação social.

Marcelo Rebelo de Sousa realçou que estas não são saídas para visitar familiares.

“Eu não fui à terra a Celorico de Basto. Vim aqui em trabalho. Faço-o uma vez por semana, para apoiar sectores da economia portuguesa. Depois, volto para estar o resto do fim-de-semana onde tenho estado toda a semana [Palácio de Belém]”, reforçou.

Acrescem ainda às suas deslocações oficiais as reuniões técnicas com epidemiologistas em que têm participado titulares de órgãos de soberania, todas as terças-feiras, no Infarmed, em Lisboa.

“Mas no resto do tempo eu lá estarei os dias da Páscoa metido em Belém. Como ainda por cima a minha casa é noutro concelho, para não ter de atravessar vários concelhos para chegar a Lisboa, fico de quinta-feira até segunda-feira seguinte metido em Belém, e aí serei escrupuloso, não farei mesmo nenhuma visita de trabalho”, prometeu.