Metro de Lisboa alarga prazo do concurso para a linha circular
Empresa pública justifica prolongamentos com a necessidade de dar mais tempo às empresas para se adaptarem ao ritmo de trabalho durante a pandemia.
O Metro de Lisboa prolongou até 23 de Maio o prazo para a entrega de propostas de construção de um troço da futura linha circular. A empresa justifica as duas extensões já anunciadas com a necessidade de dar mais tempo aos potenciais interessados, uma vez que a pandemia de covid-19 veio alterar as rotinas de trabalho.
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O Metro de Lisboa prolongou até 23 de Maio o prazo para a entrega de propostas de construção de um troço da futura linha circular. A empresa justifica as duas extensões já anunciadas com a necessidade de dar mais tempo aos potenciais interessados, uma vez que a pandemia de covid-19 veio alterar as rotinas de trabalho.
O segundo concurso público para a construção do troço entre Santos e o Cais do Sodré foi lançado a 12 de Março depois de, no primeiro, dois consórcios terem apresentado propostas acima do preço-base definido. Desde então foram já anunciadas, em Diário da República, duas prorrogações de prazo: uma a 26 de Março e outra a 1 de Abril.
“Pretende-se com estas prorrogações que os interessados tenham tempo para reorganizar os seus processos de trabalho de forma a poderem apresentar a melhor proposta dentro do quadro actual”, justifica fonte oficial do metro, referindo que “há naturalmente necessidades de alguns ajustes” tendo em conta a pandemia em curso.
Para trás ficou a ameaça de suspensão do projecto que os deputados inscreveram no Orçamento do Estado para este ano e que o Presidente da República desvalorizou quando promulgou o documento.
O concurso para este troço tem um preço-base de 90 milhões de euros. O outro troço, entre o Rato e a futura estação da Estrela, teve quatro propostas em linha com o preço-base definido pela empresa pública, que deverá em breve fazer a adjudicação do contrato.
Nesta sexta-feira, o Ministério do Ambiente determinou que o Metropolitano de Lisboa deve concretizar o plano de expansão da rede, incluindo o prolongamento das linhas Amarela e Verde, e a aquisição de material circulante, porque são investimentos “urgentes e críticos”.
Segundo um comunicado do ministério, o despacho assinado pelo ministro do Ambiente e da Acção Climática, João Matos Fernandes, autoriza o Metro de Lisboa a concretizar o “prolongamento das Linhas Amarela e Verde”, com a ligação do Rato ao Cais do Sodré. De acordo com o Ministério do Ambiente, estes procedimentos de modernização e expansão “são urgentes e críticos para o interesse público, pois concretizam iniciativas de investimento público fundamentais para a dinamização da economia e para a criação de emprego”.
Aliás, a tutela frisou mesmo que estes investimentos são importantes “perante os efeitos sobre a economia que a pandemia da covid-19 está a provocar em todo o mundo e em Portugal”.
A decisão, sublinhou o ministério, teve em conta que a Assembleia da República “não suspendeu qualquer decisão administrativa, limitando-se a formular a recomendação política dirigida ao Governo e à Administração Pública em geral”. Com Lusa