Há artistas a espalhar esperança junto aos hospitais de Aveiro

Depois de Estarreja, agora foi a vez da capital de distrito. Um grupo de criativos “plantou” um grande arco-íris na rotunda que dá acesso ao hospital.

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Adriano Miranda

“Um mimo para quem tem que ir trabalhar. Uma mensagem de coragem e alento! Obrigada. Assim chego e saio do trabalho com um sorriso nos lábios!”. As palavras são de Catarina Fonseca, enfermeira do Hospital Infante D. Pedro, de Aveiro, perante a imagem da instalação artística que, esta semana, foi plantada na rotunda situada em frente àquela unidade de saúde. Um grande arco-íris - idêntico ao que já vai “brilhando” em Estarreja, desde a passada semana – com a mensagem “Obrigado. Estamos juntos!”. Apareceu ali da noite para o dia e não pára de merecer aplausos. Em especial por parte daqueles que, diariamente, entram e saem do hospital para trabalhar. Os autores? Um grupo de artistas que quis dar o seu contributo nesta guerra que é de todos, mas na qual os profissionais de saúde assumem um papel preponderante.

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“Um mimo para quem tem que ir trabalhar. Uma mensagem de coragem e alento! Obrigada. Assim chego e saio do trabalho com um sorriso nos lábios!”. As palavras são de Catarina Fonseca, enfermeira do Hospital Infante D. Pedro, de Aveiro, perante a imagem da instalação artística que, esta semana, foi plantada na rotunda situada em frente àquela unidade de saúde. Um grande arco-íris - idêntico ao que já vai “brilhando” em Estarreja, desde a passada semana – com a mensagem “Obrigado. Estamos juntos!”. Apareceu ali da noite para o dia e não pára de merecer aplausos. Em especial por parte daqueles que, diariamente, entram e saem do hospital para trabalhar. Os autores? Um grupo de artistas que quis dar o seu contributo nesta guerra que é de todos, mas na qual os profissionais de saúde assumem um papel preponderante.

“É nos hospitais que está a força máxima”, destaca um dos elementos do grupo que começou por não assumir a autoria das instalações artísticas. “Não estamos a falar de nós, mas de todos, em especial os profissionais de saúde”, explicam-nos. Acabaram por ser descobertos por “meia dúzia de pessoas” que lhes reconheceram os traços e não tardaram a mandar-lhes mensagens privadas a agradecer. “São pessoas que vão acompanhando o nosso trabalho e conseguiram perceber que podíamos estar envolvidos”, relatam.

Tendo o primeiro arco-íris aparecido em Estarreja, era fácil associar a instalação artística ao carnaval e à construção dos carros alegóricos. Daí até chegar à equipa do atelier criativo Pessa foram só mais uns passos. “Achámos que era importante deixar uma mensagem de esperança”, enquadra Helena Silva, responsável pelo atelier.

Pegaram na esferovite e começaram a dar forma e cor à instalação que viria a sensibilizar o povo de Estarreja. Terminada a instalação, pediram ajuda à empresa de transportes com a qual costumam trabalhar e cujo responsável não hesitou em associar-se à aventura. “Foi uma loucura, estávamos cheios de medo de sermos apanhados. Parecia um assalto”, recordam, a propósito da tarefa desencadeada pela noite dentro.

Não foram precisos muitos dias para que Helena Silva, Carlos Figueiredo e Fátima Silva fossem desafiados a fazer chegar um idêntico sinal de esperança ao Hospital de Aveiro. Voltaram a pegar nas placas de esferovite, chamaram novamente os reforços – nomeadamente a equipa da empresa de transportes –, e conseguiram cumprir a missão. Mais uma vez, “na calada da noite, de forma clandestina”.

A instalação artística de Estarreja tem 3,60 metros de altura por 3,70 de comprimento e a de Aveiro 3,60 de altura por 4,20 de comprimento. A diferença fica a dever-se apenas “ao aproveitamento das placas de esferovite”, explica Helena. A primeira foi instalada em “apenas 15 minutos” e a de “Aveiro já levou um 30 minutos a ser colocada”, acrescenta.

A vontade de dar cor à região

Depois de instalar o primeiro arco-íris, os artistas do atelier sediado no município da Murtosa receberam uma encomenda de uma loja de pneus de Estarreja, que quis ter a mensagem #vaificartudobem à porta. Estarão outras instalações na calha? “Por ora, temos um problema. O nosso fornecedor de esferovite está situado em Ovar e está encerrado”, refere a responsável pela Pessa. Pode ser que a imaginação os conduza para materiais alternativos ou que tudo fique efectivamente bem em breve.

Vontade de continuar a dar cor à região não lhes falta. “Queremos muito dar força a todos aqueles que estão na linha da frente da batalha”, destaca Helena Silva, recordando que a longa experiência que ela e os colegas de atelier tiveram no movimento associativo, lhes permitiu perceber a importância do espírito de união.