PCP condena os 500 despedimentos em curso no aeroporto de Lisboa
Um grupo de militantes do PCP que integra as células do partido no aeroporto Humberto Delgado critica as centenas de despedimentos que os trabalhadores do sector aéreo estão a ser alvo.
O PCP criticou a “enorme gravidade” do “despedimento a frio, com envio de centenas de emails, a trabalhadores em regime de contratos a prazo, termo incerto e das empresas de trabalho temporário”, que está a afectar os trabalhadores do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Em comunicado, os comunistas acusam os responsáveis de estarem a aproveitar o surto epidémico para “liquidar direitos laborais e reduzir salários”.
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O PCP criticou a “enorme gravidade” do “despedimento a frio, com envio de centenas de emails, a trabalhadores em regime de contratos a prazo, termo incerto e das empresas de trabalho temporário”, que está a afectar os trabalhadores do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa. Em comunicado, os comunistas acusam os responsáveis de estarem a aproveitar o surto epidémico para “liquidar direitos laborais e reduzir salários”.
No mesmo comunicado, o PCP acusa ainda os responsáveis do aeroporto lisboeta de estarem a falhar no combate ao surto.
“Até esta data mais de 500 de trabalhadores, por imposição de despedimento brutal e arbitrário, estão lançados para situações sociais e psicológicas extremas, com a simples comunicação por e-mail de que o seu contrato não será renovado na data indicada”, conta o PCP.
Num texto assinado pela célula comunista entre os trabalhadores do aeroporto, o grupo pede uma ao Governo uma “imediata intervenção”. “A hora que vivemos é de combate ao vírus e também é de luta, determinação e confiança”, escreve o grupo do PCP sobre o vírus e a crise económica que está a afectar os trabalhadores.
Já na quinta-feira, o PCP tinha demonstrado a sua preocupação com a situação da TAP e “a queda abrupta do número de viagens e o encerramento de espaços aéreos”.
“As primeiras vítimas deste processo estão a ser os trabalhadores, confrontados com despedimentos, perdas de salário”, o que “inclui o envio de trabalhadores para casa em situação de licença sem vencimento, férias forçadas e cortes noutros direitos”. Um cenário inadmissível num quadro em que o Estado é accionista maioritário, afirmou Vasco Cardoso, membro da comissão política do PCP.