Coronavírus: Infarmed descarta relação entre medicação para hipertensão e doenças cardíacas e agravamento da infecção

A Autoridade do Medicamento sublinha que não “evidências de estudos clínicos” que estabeleçam uma ligação entre os medicamentos utilizados para tratar a hipertensão arterial e as doenças cardíacas ou renais e o agravamento da infecção, pedindo aos doentes que não interrompam os seus tratamentos.

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Rui Gaudêncio

O Infarmed esclareceu na sexta-feira que não há quaisquer evidências de que os medicamentos utilizados para tratar a hipertensão arterial e as doenças cardíacas ou renais agravem a infecção causada pelo novo coronavírus.

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O Infarmed esclareceu na sexta-feira que não há quaisquer evidências de que os medicamentos utilizados para tratar a hipertensão arterial e as doenças cardíacas ou renais agravem a infecção causada pelo novo coronavírus.

Em comunicado, o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde) e a Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) sublinham que, actualmente, “não há evidências de estudos clínicos ou epidemiológicos que estabeleçam uma ligação” entre a medicação prescrita para tratar doenças cardíacas ou renais e hipertensão arterial e o agravamento da doença provocada pelo SARS-CoV-2.

Por essa razão, “é importante que os doentes não interrompam” o tratamento para estas doenças, prossegue a nota, acrescentando que “os especialistas no tratamento de doenças cardíacas e da hipertensão arterial, incluindo a Sociedade Europeia de Cardiologia, já emitiram declarações nesse sentido”.

O Infarmed explicou ainda que as várias autoridades, incluindo a EMA, estão a fazer uma “monitorização rigorosa da situação”, em colaboração com a “indústria farmacêutica, academia e as redes europeias”, de modo a “coordenar estudos epidemiológicos sobre os efeitos destes medicamentos” em pessoas que estão contagiadas.

A Autoridade Nacional do Medicamento deixa outro aviso: “É importante que os doentes que tenham alguma dúvida ou incerteza sobre os seus medicamentos falem com seu médico ou farmacêutico e não interrompam seu tratamento habitual”.