Boris Johnson anuncia que tem coronavírus e Londres enfrenta “tsunami de casos”
O primeiro-ministro britânico disse que vai, em isolamento, continuar a trabalhar para combater a pandemia no país. Hospitais de Londres falam em “tsunami de casos”. Ministro da Saúde também está infectado.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está infectado pelo coronavírus, anunciou nesta sexta-feira o próprio no Twitter. Johnson fez o teste depois de ter sintomas leves, já está em isolamento profiláctico e promete continuar a liderar a resposta do Governo durante a crise pandémica de covid-19. O ministro da Sáude, Matt Hancock, também está infectado.
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O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, está infectado pelo coronavírus, anunciou nesta sexta-feira o próprio no Twitter. Johnson fez o teste depois de ter sintomas leves, já está em isolamento profiláctico e promete continuar a liderar a resposta do Governo durante a crise pandémica de covid-19. O ministro da Sáude, Matt Hancock, também está infectado.
“Desenvolvi nas últimas 24 horas sintomas leves e testei positivo para coronavírus”, escreveu no Twitter o primeiro-ministro. “Estou agora em isolamento, mas continuarei a chefiar a resposta do Governo por vídeo-conferência à medida que combatemos este vírus. Juntos vamos derrotá-lo”.
Over the last 24 hours I have developed mild symptoms and tested positive for coronavirus.
— Boris Johnson #StayHomeSaveLives (@BorisJohnson) March 27, 2020
I am now self-isolating, but I will continue to lead the government’s response via video-conference as we fight this virus.
Together we will beat this. #StayHomeSaveLives pic.twitter.com/9Te6aFP0Ri
Johnson, de 55 anos, foi aconselhado a fazer o teste pelo responsável de saúde de Inglaterra, o professor Chris Whitty, e foi feito em Downing Street por profissionais do serviço nacional de saúde britânico, disse o porta-voz do Governo, citado pelo Guardian.
Poucas horas depois do anúncio de Johnson, também o ministro da Saúde, Matt Hancock, usou o Twitter para anunciar estar infectado por coronavírus. À semelhança do primeiro-ministro, Hancock também fez o teste depois de ter sintomas leves. Está em isolamento e a trabalhar a partir de casa, ajudando na coordenação da resposta do Governo à crise pandémica.
“Felizmente para mim, os sintomas têm sido até agora muito leves e tenho sido capaz de continuar a trabalhar na resposta britânica”, disse Hancock no vídeo partilhado no Twitter. “Vou continuar a fazer tudo o que puder para garantir que os nossos profissionais de saúde têm o apoio que precisam”.
Following medical advice, I was advised to test for #Coronavirus.
— Matt Hancock (@MattHancock) March 27, 2020
I‘ve tested positive. Thankfully my symptoms are mild and I’m working from home & self-isolating.
Vital we follow the advice to protect our NHS & save lives#StayHomeSaveLives pic.twitter.com/TguWH6Blij
Johnson não foi o primeiro membro do executivo a testar positivo para coronavírus. No início de Março, a secretária de Estado da Saúde, Nadine Dorries, foi diagnosticada com covid-19 pouco depois de ter participado numa reunião em Downing Street para assinalar o Dia Internacional da Mulher. Johnson esteve lá.
Depois de ter sintomas e relatar a situação às autoridades de saúde, Dorries foi aconselhada a permanecer em isolamento e recuperou entretanto, tendo estado na terça-feira na Câmara dos Comuns, onde respondeu a perguntas e foi aplaudida por deputados de todas as bancadas parlamentares por regressar ao trabalho.
Não se sabe quantas reuniões Dorries teve com membros do Governo antes de ser diagnosticada, diz a BBC.
O Reino Unido já conta com 11.816 casos de coronavírus e 580 mortes. Os hospitais de Londres, a zona mais atingida pela pandemia no país, já começaram a enfrentar um “tsunami contínuo” de pacientes infectados e o mais provável é alguns ficarem sobrelotados nos próximos dias, disse na quinta-feira à BBC Chris Hopson, director do departamento que faz a ligação entre o serviço nacional de saúde e o Ministério da Saúde.
“Estão a lutar com uma explosão na procura de atendimento por parte de pacientes graves. Estão a relatar o número de chegadas, a velocidade das chegadas e a gravidade com que os pacientes estão a chegar. Falam de onda atrás de onda. As palavras que estão a usar é a ‘tsunami contínuo'”, disse Hopson. “Como um profissional me disse, são números muito maiores do que alguma vez se imaginou”.
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