Apesar de não ser preciso validar, passes continuam a ser obrigatórios nos transportes

Mudanças para conter a propagação do vírus trocaram as rotinas de quem usa os transportes públicos, mas há uma coisa que se mantém: o bilhete ou passe carregado é obrigatório.

Foto
A entrada de passageiros passou a ser feita pela porta traseira Rui Gaudencio

Para fazer frente à propagação do novo coronavírus e “reduzir o risco decorrente do contacto entre passageiros, motoristas e outros trabalhadores”, as empresas de transporte introduziram algumas medidas que nos mudaram os hábitos: deixaram de ser vendidos bilhetes a bordo, os passageiros passaram a entrar pela porta traseira, sem precisar de validar o seu título. Só que apesar destas mudanças, continua a ser obrigatório ter um bilhete ou passe carregado. 

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Para fazer frente à propagação do novo coronavírus e “reduzir o risco decorrente do contacto entre passageiros, motoristas e outros trabalhadores”, as empresas de transporte introduziram algumas medidas que nos mudaram os hábitos: deixaram de ser vendidos bilhetes a bordo, os passageiros passaram a entrar pela porta traseira, sem precisar de validar o seu título. Só que apesar destas mudanças, continua a ser obrigatório ter um bilhete ou passe carregado. 

O alerta é da Área Metropolitana de Lisboa (AML), que tem funções como autoridade de transporte na região, e recorda a “obrigatoriedade de todos os passageiros viajarem com títulos de transporte, condição indispensável à boa continuidade do serviço de transporte público de passageiros”.​

Este aviso da AML surge no mesmo dia em que a empresa Transportes Sul do Tejo (TST), que opera sobretudo na margem sul, arrancou com uma campanha para lembrar aos clientes a necessidade de continuarem a comprar os passes mensais: “Você é quem move os Autocarros, não os deixe parar - Compre o seu Passe”.

O apelo surge no site da empresa, acompanhado por uma pequena nota que refere que, com todas estas mudanças, se instalou na população “um sentimento errado de que viajar de autocarro é gratuito”.

“Através desta campanha apelamos a todos os utilizadores que comprem o seu passe. A manutenção do sistema de transportes só é possível através de uma atitude cívica e ética de toda a população que diariamente utiliza e depende do transporte público para assegurar a sua mobilidade”, diz a empresa, apelando aos passageiros que continuem a comprar o passe e assim ajudarão os “muitos trabalhadores do sector a assegurarem os seus postos de trabalho”.

Também a Carris dá nota, no seu site, de que é obrigatório possuir um título de transporte válido. Como não são vendidos bilhetes bordo, estes têm de ser adquiridos previamente à viagem. Como as lojas e quiosques da Carris estão, neste momento, encerrados, o carregamento de bilhetes e passes pode ser feito em pontos Mob em funcionamento, nas máquinas de carregamento do Metropolitano de Lisboa e no Multibanco, sendo esta opção apenas válida para passes.