Bolsas europeias e norte-americanas voltam às perdas

Efeito das intervenções no mercado perdeu força face aos número de expansão do vírus e impactos na economia. O preço do petróleo continua em baixa, com o barril de brent na casa dos 24 dólares.

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Reuters/STAFF

Depois de três dias de forte subidas nos mercados, esta sexta-feira foi a vez das bolsas europeias voltarem às perdas, tal como as norte-americanas. Em Portugal, o PSI-20 fechou a perder 1,76%, mantendo-se abaixo dos 4000 pontos, mesmo se a nível global a semana foi positiva.

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Depois de três dias de forte subidas nos mercados, esta sexta-feira foi a vez das bolsas europeias voltarem às perdas, tal como as norte-americanas. Em Portugal, o PSI-20 fechou a perder 1,76%, mantendo-se abaixo dos 4000 pontos, mesmo se a nível global a semana foi positiva.

Das cotadas, só os CTT, Ibersol e Jerónimo Martins fecharam esta sexta-feira no “verde”. Já o BCP perdeu 4%, após ter anunciado a suspensão dos dividendos.

Na Alemanha, o DAX caiu 3,7%, em França o CAC 40 desceu 4,2%% e em Espanha o Ibex 35 perdeu 3,6%. Isto depois de as praças asiáticas ainda terem registado ganhos.

O índice pan-europeu STOXX 600 desceu a 3,3% mas, de acordo com a Reuters, preparava-se para ter nesta semana a melhor série desde a crise financeira de 2008. Mesmo assim, está ainda a perder perto de 25% face ao recorde atingido no passado mês de Fevereiro (dados que mostram bem a dimensão da recente perda dos mercados e a intensa montanha-russa das últimas semanas).

O enorme programa de apoios norte-americano, que deverá conhecer hoje a sua aprovação final, é um dos factores que tem suportado o crescimento das bolsas esta semana (na quinta-feira, o S&P 500 subiu 6%), num ciclo de históricos altos e baixos, mas o efeito já está a perder força nos mercados. Depois da maior subida semanal desde a década de 3o do século passado, as bolsas dos EUA estão agora no “vermelho”, com o S&P 500 a perder 2,2% pelas 17h45.

Ao Financial Times, uma analista do Citi, Johanna Chua, afirmou esta manhã que o programa, avaliado em cerca de dois biliões de dólares (1,85 biliões de euros) tinha “aliviado o pânico nos mercados” mas que a recuperação não iria ser duradoura devido às taxas de propagação das infecções e efeitos adversos nas economias.

Esta sexta-feira, segundo a Reuters, houve dois indicadores que demonstram os impactos negativos do novo coronavírus: os lucros do sector industrial na China caíram 40% em Fevereiro face ao mesmo mês de 2019, e o sentimento de confiança dos consumidores sul-coreanos caiu para mínimos de 2009. As contas do impacto do novo coronavírus nas economias também começam a surgir, e os índices de confiança estão a afundar-se. Isto a par do aumento de infectados e de mortos um pouco por todo o mundo, mas com destaque para os Estados Unidos, além de Itália e Espanha.

Em baixa continua o preço do petróleo, com o barril (brent) na casa dos 24 dólares.

Notícia actualizada com fecho das bolsas europeias