Câmara do Porto vai testar 1500 idosos de lares e criar unidades de cuidados
Pavilhão Rosa Mota e Pousada da Juventude vão receber 300 camas. Ali serão testados cidadãos de lares da cidade. Ideia é separar o mais possível os infectados e os saudáveis, evitando a disseminação da covid-19
Os cidadãos idosos que residam em lares ou residências colectivas do Porto e os trabalhadores destes espaços vão fazer, nos próximos dias, o teste de despistagem da covid-19. A “mega-operação” partiu da Câmara do Porto, em articulação com os Hospitais de São João e Santo António, bem como de centros de saúde, exército e bombeiros, e implica a “montagem de unidades de cuidados” na Pousada da Juventude e no Super Bock Arena Pavilhão - Rosa Mota. Entre estes dois espaços serão montadas 300 camas.
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Os cidadãos idosos que residam em lares ou residências colectivas do Porto e os trabalhadores destes espaços vão fazer, nos próximos dias, o teste de despistagem da covid-19. A “mega-operação” partiu da Câmara do Porto, em articulação com os Hospitais de São João e Santo António, bem como de centros de saúde, exército e bombeiros, e implica a “montagem de unidades de cuidados” na Pousada da Juventude e no Super Bock Arena Pavilhão - Rosa Mota. Entre estes dois espaços serão montadas 300 camas.
Este rastreio implica a “segregação consecutiva da população infectada dos que resultarem negativos no teste”, sendo transferidos para os “espaços limpos” aqueles que não tiverem o vírus SARCov-2. As amostras serão recolhidas pelos centros de saúde, sendo a análise assegurada, em 24 horas, pelo Hospital de São João. Os testes, acrescenta a autarquia, são possíveis graças à Fundação Fosun e a Gestifute, da cidade de Xangai, que doou ao Porto cinco mil testes e ainda 200 óculos e fatos de protecção.
A Câmara do Porto está agora a “recrutar soluções de pessoal auxiliar em regime de voluntariado ou mobilidade” para que possam apoiar as pessoas que ficarão no Pavilhão Rosa Mota e na Pousada da Juventude. Para Rui Moreira, este contributo pode “salvar vidas”, lê-se no comunicado da autarquia: “Não podemos abandonar os lares e estas populações neste momento e tudo faremos, até ao limite das competências municipais e das nossas próprias forças, para salvar todos os que pudermos salvar.”
A Câmara do Porto abriu há mais de uma semana, em parceria com a Unilabs e a ARS-Norte, um centro de rastreio. No Queimódromo do Porto, podem ser testados, sem sair do carro, utentes encaminhados pelo Serviço Nacional de Saúde (gratuitamente) e também aqueles que tenham uma prescrição de um médico privado (por 100 euros). Há também uma fábrica da cidade a produzir cerca de 1000 máscaras por dia.