Venceremos!

Sigamos firmes na defesa de todos, no combate sem quartel a este vírus que nos abriu os olhos para as coisas mais importantes que até há bem pouco tempo pareciam insignificantes.

O impensável aconteceu, o imprevisível concretizou-se, o inimaginável está ai, diante dos nossos olhos: o Mundo parou!

A verdade faz-nos mais fortes

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O impensável aconteceu, o imprevisível concretizou-se, o inimaginável está ai, diante dos nossos olhos: o Mundo parou!

Encerraram-se aeroportos, portos e estações. Montaram-se barricadas e regressaram as visíveis fronteiras. O recolher é obrigatório, quando não por imposição de uma lei quase marcial, pelo menos por dever moral. Está um mundo inteiro enclausurado em casa, quando a tem, impaciente mas ordeiramente à espera que a tempestade passe. 

Há uma casta de gente que se considera imortal, poderíamos dizer que é loucura, mas creio ser mais acertado afirmar-se irresponsabilidade. Uma quase criminosa irresponsabilidade que não colocam em risco a si próprios, mas também a todos nós. Uma semana de confinamento e teletrabalho foi o suficiente para muitos acharem que as ameaças também têm dias de descanso, e foi ver uma turba de gente a veranear nas poucas praias que não estão interditadas e a usufruir de uma tarde de calor e céu limpo. 

Santa ignorância dos que ainda não perceberam que a Humanidade luta contra um inimigo invisível, que não tem limitação geográfica, que não escolhe ricos ou pobres, gordos ou magros, velhos ou novos, homens ou mulheres, negros ou brancos. O coronavírus é uma ameaça global e sabemos todos que o mínimo que devemos fazer é #ficaremcasa!

E enquanto nos habituamos ao confinamento, enquanto nos ajustamos a uma vida familiar (ou de solidão) que ninguém previu, há um batalhão de mulheres e homens, na linha da frente desta batalha, que se entregam totalmente a combater o vírus, a proteger-nos a todos e a tratar os infectados. O SNS é hoje o nosso mais importante esquadrão: médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde lutam incessantemente contra o inimigo mortal, sem descanso, sem dar tréguas.

E, no entanto, há os que insistem em arriscar tudo por nada. Os que persistem em sair de casa para passeios injustificados, colocando-se em risco e ameaçando os demais. Há, portanto, uma outra frente de batalha: as polícias, os serviços de segurança, a Protecção Civil, os bombeiros, os militares, os que controlam as movimentações que dão oportunidades ao vírus de ganhar terreno, por inconsciência e desesperos irresponsáveis.

Estamos todos confinados, como nunca antes aconteceu. E, no entanto, prosseguimos tentando adaptar-nos a novas rotinas, que trouxeram para dentro de casa um acréscimo de produção de desperdício e lixo que nos habituámos a dispersar pelos vários locais onde o produzíamos quando a vida nos permitia fazer refeições fora de casa. E também aqui há uma batalhão de combate ao lixo, ao desperdício, que dia após dia garantem a sua recolha mantendo as ruas das cidades, das vilas e das aldeias, agora desertas, limpas e livres de pragas que o seu descontrolo potenciaria. Mas também os que dia após dia, noite após noite, lavam, varrem e desinfectam o espaço público. 

E os serviços públicos que, apesar das restrições, se reinventaram para que nada parasse? Os tantos e tantos funcionários que prosseguem a sua atividade para que nada falte, seja no local de trabalho, seja em teletrabalho no seu lar. E os serviços essenciais que, públicos ou privados, prosseguem incessantes o seu labor? Os supermercados, as farmácias e tantos outros serviços que nos permitem manter uma aparente normalidade.

A todos e todas sem excepção, faço a devida vénia. 

Vivemos tempos imprevisíveis, estamos a viver um dos momentos seguramente mais extraordinários da Humanidade. Tão causadores de espanto como de temor, de esperança como de clamor, de medo mas de resiliência. Sigamos firmes na defesa de todos, no combate sem quartel a este vírus que nos abriu os olhos para as coisas mais importantes que até há bem pouco tempo pareciam insignificantes. Sigamos juntos, de pé e à ordem da nossa pátria, dos nossos concidadãos, por cada um de nós e por todos. A tormenta há-de passar, e nós soerguer-nos-emos mais fortes, mais solidários e, com certeza, mais felizes.

Que a este tempo de imprevisíveis nuvens negras que se abateram sobre todos nós se sigam raios resplandecentes de luz e de esperança quando as nuvens se dissiparem, e se levante toda a Humanidade unida pela fraternidade. Havemos de conseguir, juntos. 

Tenhamos fé. Que todos os que estão no epicentro de todas as operações no terreno e todos os que definem a estratégia da defesa do país e dos portugueses se mantenham fortes e sãos.

O país precisa de todos, todos precisamos de todos!

Venceremos!