Director do Museu do Aljube cessa funções a 1 de Abril
Saída é “decisão pessoal” de Luís Farinha, que alcançou a idade da reforma. EGEAC vai abrir concurso para escolher a nova direcção “assim que possível”.
O historiador Luís Farinha, director do Museu do Aljube, Resistência e Liberdade, em Lisboa, cessará funções a 1 de Abril por decisão pessoal. “Não há nenhuma razão especial, tem a ver com o meu projecto pessoal e com o final de carreira pública”, explicou na terça-feira à Lusa.
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O historiador Luís Farinha, director do Museu do Aljube, Resistência e Liberdade, em Lisboa, cessará funções a 1 de Abril por decisão pessoal. “Não há nenhuma razão especial, tem a ver com o meu projecto pessoal e com o final de carreira pública”, explicou na terça-feira à Lusa.
Em comunicado divulgado na terça-feira, o historiador e investigador, de 65 anos, tinha anunciado que deixará a direcção do Museu do Aljube após cinco anos naquele cargo.
O Museu do Aljube, inaugurado em Abril de 2015, é um dos equipamentos culturais do município de Lisboa, estando sob a alçada da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC). É dedicado à “memória do combate à ditadura e à resistência em prol da liberdade e da democracia”.
Luís Farinha explicou que está previsto um concurso para escolher a nova direcção, mas desconhece a data de abertura por parte da EGEAC.
À agência Lusa, fonte da EGEAC explicou que Luís Farinha deixa o cargo “por ter alcançado a idade da reforma” e que “será aberto concurso logo que possível”.
A mesma fonte explicou que a 1 de Abril revelará quem fica responsável pelo Museu do Aljube até à conclusão do concurso público.
Sobre o processo de instalação do museu – que funciona numa antiga prisão do Estado Novo – e sobre os primeiros cinco anos de existência, Luís Farinha admitiu que “foram anos muito difíceis, mas também muito interessantes”, com “uma grande adesão dos visitantes” e com “uma actividade muito forte”.
Luís Farinha lamentou ainda o cancelamento “do programa riquíssimo” planeado para Abril, na altura em que o museu celebraria cincos anos, coincidindo também com as celebrações da revolução de Abril de 1974. O estado de emergência decretado para conter a pandemia da covid-19 obrigou à suspensão das actividades previstas.