Dieta vegan: Desporto, isolamento... e aguentamos?

Terceira semana: a quarentena tem a vantagem de conseguir manter-me vegan, dado que preparo todas as minhas refeições. A única coisa a gerir é a ansiedade, que pode fazer-me comer mais.

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Icons8 Team/Unsplash

O objectivo inicial desta crónica era perceber se, à terceira semana, iria conseguir aguentar a carga de trabalho e, sobretudo, de treino sem me ressentir. Mas, entretanto, veio a quarentena. Seguindo as recomendações da Direcção-Geral de Saúde estou em auto-isolamento e teletrabalho desde sexta-feira, 13 de Março, e, nesta semana, saí apenas duas vezes de casa, uma para ir ao supermercado comprar frescos, outra para caminhar em Monsanto, em Lisboa, em prol da sanidade mental.

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O objectivo inicial desta crónica era perceber se, à terceira semana, iria conseguir aguentar a carga de trabalho e, sobretudo, de treino sem me ressentir. Mas, entretanto, veio a quarentena. Seguindo as recomendações da Direcção-Geral de Saúde estou em auto-isolamento e teletrabalho desde sexta-feira, 13 de Março, e, nesta semana, saí apenas duas vezes de casa, uma para ir ao supermercado comprar frescos, outra para caminhar em Monsanto, em Lisboa, em prol da sanidade mental.

Quanto ao treino, tenho mantido a minha rotina: ioga de manhã (sozinha ou ‘com’ amigos, trocamos SMS e começamos todos ao mesmo tempo, ou até a seguir as aulas online na plataforma Zoom). À tarde, exercício. Aqui tenho sido mais inventiva e feito treinos diferentes, e sigo alguns treinadores online. Optei por fazer aulas em Live Feed pois, de certa forma, sinto que substitui o contacto humano que temos quando vamos à box ou ao ginásio. Sinto-me bem e com força física, no que diz respeito à dieta, não vejo que esta “fase vegan” me retire qualquer capacidade ou stamina.

Tenho atenção às quantidades, ao aporte de proteína, hidratos e gordura equilibrado, à selecção dos ingredientes, à forma como cozinho mas, em vez de comer carne ou peixe, como a quantidade recomendada de leguminosas e tofu. Muito simples. E estar em casa só mostra isso, porque tenho mais foco e paciência para pesquisar receitas e executá-las.

Esta pandemia é bem capaz de vir a fazer muito pela sustentabilidade, segundo dizem os especialistas, e acabo por estar feliz porque neste contexto estou a contribuir com a minha parte ao não comer carne. E sobre o que disse a semana passada: O que era o pior? Os outros? Sem combinações e ninguém a ver o que comemos, a única pessoa a quem tenho de dar satisfações é à minha mãe que dos seus 86 anos não entende como faço estas ‘dietas’!

Mas... há sempre um mas, não é? Eu adoro cozinhar, e estar em casa pede sempre aquele snack extra e, sobretudo, uma hora stress free. Longe dos grupos de WhatsApp, longe dos jornais online, longe dos noticiários da TV, longe de FaceTime, Zoom e Houseparty... Ufa, que canseira. Desligo tudo e isolo-me (ainda que viva sozinha) a cozinhar – já prestou atenção ao som da faca a picar legumes e como isso é terapêutico, por exemplo? E, claro, sou capaz de ter feito umas receitas extra [link para artigo com mais receitas] esta semana e comido um pouco mais do que está no meu plano nutricional. Curiosamente perdi um pouco de peso, não sei se pela ansiedade causada pela covid-19, se mudança de treinos diferentes.

Estou com esperança de sair da quarentena tal e qual uma Jennifer Lopez portuguesa (uso-a como exemplo porque não tarda estou na idade dela), toda fit e com uma pele maravilhosa. É melhor começar a dançar! Por falar em pele, todos os dias passo a minha escova de drenagem linfática no corpo, e isso faz-me sentir preparada para enfrentar o dia.

É importante manter as rotinas e estar a fazer este desafio mantém-me, de alguma forma, mais sã, pois confesso que o primeiro pensamento, quando cheguei a casa para iniciar a quarentena, foi: comia umas almôndegas e bebia uma garrafa de vinho tinto... Fiquei-me pelo vinho, com um esparguete com verdes, como lhe chamo! Boa vegantena, malta!

@ritamachado33 #estamosjuntos #euficoemcasa #eutreinoemcasa