Agora que o hip-hop perdeu definitivamente o estatuto de moda passageira e assentou arraiais na indústria discográfica e festivaleira portuguesa, é ver as sucursais das major numa segunda vaga predatória — depois de uma primeira situada em finais dos anos 90/inícios dos 2000 (após o que, esgotados os foguetes, se desinteressou da coisa) — a editar rapidamente e em força. Ora lançando nomes que, apesar da mediocridade ou pura e simples pobreza das suas propostas, tinham já um certo nome feito no circuito independente, ora novas figuras — chamam-lhe rappers e, como diz o outro, chamar é livre — sinistras, confrangedoras, vindas de um planeta feito a régua e esquadro para bater no algoritmo (suspeitamos que nem para isso a coisa servirá, mas é lá com eles).
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Agora que o hip-hop perdeu definitivamente o estatuto de moda passageira e assentou arraiais na indústria discográfica e festivaleira portuguesa, é ver as sucursais das major numa segunda vaga predatória — depois de uma primeira situada em finais dos anos 90/inícios dos 2000 (após o que, esgotados os foguetes, se desinteressou da coisa) — a editar rapidamente e em força. Ora lançando nomes que, apesar da mediocridade ou pura e simples pobreza das suas propostas, tinham já um certo nome feito no circuito independente, ora novas figuras — chamam-lhe rappers e, como diz o outro, chamar é livre — sinistras, confrangedoras, vindas de um planeta feito a régua e esquadro para bater no algoritmo (suspeitamos que nem para isso a coisa servirá, mas é lá com eles).