Volkswagen Golf, o eterno imutável que sabe reinventar-se
Por mais anos que passem — e já lá vão 46… —, o familiar compacto que fez história parece o mesmo de sempre, com os alemães a saberem manter o bom e a melhorar o satisfatório.
Se não fosse o surto de covid-19, por esta altura andariam pela estrada vários Golf de última geração, a oitava — a apresentação à imprensa nacional era para ter ocorrido na última quinta-feira, em simultâneo com o arranque das vendas e uma campanha publicitária específica. E os carros estão prontos a sair para o mercado. Mas a necessidade de conter o novo coronavírus afecta todas e quaisquer realidades.
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Se não fosse o surto de covid-19, por esta altura andariam pela estrada vários Golf de última geração, a oitava — a apresentação à imprensa nacional era para ter ocorrido na última quinta-feira, em simultâneo com o arranque das vendas e uma campanha publicitária específica. E os carros estão prontos a sair para o mercado. Mas a necessidade de conter o novo coronavírus afecta todas e quaisquer realidades.
Nem por isso há menos a dizer sobre o novo automóvel, que carrega sobre os ombros uma história de quase cinco décadas. Até porque, meses antes da chegada ao mercado, decorreu a apresentação dinâmica internacional, no caso com o Douro como cenário e durante a qual tivemos a oportunidade de conduzir o automóvel, desta e de outras gerações para matar saudades do passado — e até de comer uma francesinha pelo caminho, em Marco de Canaveses. Mas deixemos a comida para outras secções e vamos lá ao carro.
Tudo igual… ou não
Um rápido olhar pela família Golf permite perceber que a Volkswagen mantém o carácter que lhe imprimiu logo desde a primeira geração até hoje. Mas, de geração em geração, é feito um trabalho intenso no sentido de manter o que está bom (em algumas coisas, óptimo) e ir melhorando o que ainda se mantinha pelo razoável.
Em 2020, o novo Golf distingue-se por uma frente que parece afundar, pela posição mais baixa das ópticas (LED). Atrás, é de apontar um spoiler mais pronunciado, ao mesmo tempo que a porta da mala parece “encolher a barriga”. Já de perfil, os peritos do design conseguiram uma fluidez de linhas de um ponto ao outro, sem que se perceba qualquer quebra.
Habitáculo tecnológico
Se por fora é quase um jogo de “descubra as diferenças” (para que não haja erradas interpretações: num primeiro olhar é evidente que não é exactamente o mesmo carro), por dentro é a descoberta de um mundo novo.
Todo o tablier foi repensado para surgir o mais sóbrio possível (ok… até aqui nenhuma novidade), voltado para o condutor e tirando partido daquilo que o mundo hoje oferece: tecnologia. Isto independentemente da versão de equipamento. Ou seja, logo a partir do Golf mais despido (e mais barato), o painel de instrumentos foi substituído pelo cockpit digital. Ao centro, mas integrado na estrutura da instrumentação, há um ecrã táctil de 8,25″ a 10″, com acesso a todo o sistema de info-entretenimento.
A montagem, é fácil de perceber, é cuidada e os materiais parecem ter sido escolhidos a dedo para dar uma sensação de qualidade, ao mesmo tempo que, adivinhamos, serão fáceis de manter e limpar.
Aposta no mild-hybrid
Depois do escândalo das emissões, e respectivas consequências, a Volkswagen não brinca com o cuidado em acertar agulhas com o que está regulamentado.
Nas motorizações, o mais relevante a destacar é a descontinuidade do diesel 1.6 TDI e a aposta em soluções mild-hybrid aplicadas aos blocos a gasolina, apoiadas na tecnologia de 48V: um alternador de correia de 48V e uma pequena bateria de iões de lítio de 48V. Isto permite, avança a marca, reduzir emissões, mantendo as performances desejáveis de cada motorização: 110, 130 e 150cv.
A gasóleo, há dois blocos de 4 cilindros, com 115 e 150cv, que se valem de uma injecção dupla de AdBlue para reduzir significativamente as emissões de óxido de nitrogénio (NOx) e o consumo (até 17%, avança a Volkswagen).
O Volkswagen Golf de oitava geração é proposto por desde 22.900€.