Coronavírus: menos de 1% dos mortos em Itália não sofria de doença prévia

A média de idades dos mortos é de 80,5 anos, sendo que a dos homens (79,5 anos) é inferior à das mulheres (83,7 anos).

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GIUSEPPE LAMI/EPA

A Itália tornou-se o centro da pandemia de coronavírus no mundo, sendo hoje o país com mais mortos (3405), superando a China (3253), em mais de 41 mil pessoas com covid-19. Segundo os números do Instituto Italiano de Saúde (ISS), 90% dos mortos tinha mais de 70 anos de idade e cerca de 75% sofria de duas ou mais doenças. Sendo que metade dos mortos tinha três ou mais condicionantes prévias, especialmente problemas cardíacos, diabetes e cancro.

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A Itália tornou-se o centro da pandemia de coronavírus no mundo, sendo hoje o país com mais mortos (3405), superando a China (3253), em mais de 41 mil pessoas com covid-19. Segundo os números do Instituto Italiano de Saúde (ISS), 90% dos mortos tinha mais de 70 anos de idade e cerca de 75% sofria de duas ou mais doenças. Sendo que metade dos mortos tinha três ou mais condicionantes prévias, especialmente problemas cardíacos, diabetes e cancro.

Segundo o estudo do ISS, apenas 0,8% dos infectados com o vírus que morreram não tinham qualquer doença crónica e dos cincos mortos com idades entre os 31 e os 39 anos, todos sofriam de um problema de saúde prévio, fosse ele cancro ou coronário.

O mesmo instituto refere que a média de idades dos mortos é de 80,5 anos, sendo que a dos homens (79,5 anos) é inferior à das mulheres (83,7 anos), também porque os homens são as principais vítimas da covid-19, correspondendo a 70% das mortes. Um décimo dos mortos tinha mais de 90 anos.

Um dos factores apresentados como hipótese para o facto de a Itália, um país de 60 milhões de habitantes, ter mais de metade de casos de covid-19 que a China, com uma população de 1400 milhões, é por ter a segunda população mais idosa do mundo, a seguir ao Japão, 22,4% dos seus habitantes tem mais de 65 anos.