Coronavírus: Cimeira do G7 vai realizar-se pela primeira vez por videoconferência
Reunião dos líderes das maiores economias do mundo estava marcada para o retiro nas montanhas de Camp David, nos Estados Unidos, mas os planos foram alterados por causa da pandemia do novo coronavírus.
Pela primeira vez em 46 anos de cimeiras realizadas com grande aparato e sob fortes medidas de segurança, os líderes das maiores economias do mundo vão reunir-se de forma discreta, por videoconferência, entre 10 e 12 de Junho. A decisão foi anunciada na quinta-feira pela Casa Branca, para que os países se concentrem no plano de combate à pandemia do novo coronavírus.
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Pela primeira vez em 46 anos de cimeiras realizadas com grande aparato e sob fortes medidas de segurança, os líderes das maiores economias do mundo vão reunir-se de forma discreta, por videoconferência, entre 10 e 12 de Junho. A decisão foi anunciada na quinta-feira pela Casa Branca, para que os países se concentrem no plano de combate à pandemia do novo coronavírus.
No início da semana, os líderes do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, mais a União Europeia) falaram também por videoconferência para coordenarem os esforços de combate à pandemia.
Num comunicado publicado na sequência da reunião de segunda-feira, o grupo prometeu “agir em conjunto para enfrentar os riscos para a saúde e para a economia provocados pela pandemia de covid-19, e para preparar uma forte e sustentável recuperação do crescimento económico e da prosperidade”.
De acordo com o principal conselheiro do Presidente Trump para as questões económicas, Larry Kudlow, a mensagem que saiu do encontro desta semana foi a promessa de que o G7 “fará tudo, custe o que custar”, para combater a pandemia. “O grau de cooperação e de coordenação foi fantástico”, disse Kudrow.
De Miami para Camp David
A 46.ª cimeira do G7 tinha lugar marcado para Camp David, no estado do Maryland, o retiro nas montanhas dos Presidentes dos Estados Unidos desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Mas chegou a estar nos planos da Casa Branca realizar o encontro num dos empreendimentos de luxo do Presidente Donald Trump – o resort Trump National Doral em Miami, no estado da Florida.
Numa conturbada conferência de imprensa, em Outubro de 2019, o então chefe de gabinete da Casa Branca, Mick Mulvaney, anunciou que a propriedade de Donald Trump era o local mais indicado para receber a cimeira do G7, de uma lista de dez.
Depois da forte contestação ao anúncio, principalmente no Partido Democrata, a Casa Branca decidiu, em Dezembro, agendar a cimeira para Camp David.
Na conferência de imprensa em Outubro, Mulvaney provocou também um enorme embaraço ao Presidente norte-americano, ao admitir que houve mesmo uma troca de favores entre a Casa Branca e a Presidência da Ucrânia no caso que viria a culminar no impeachment de Trump.
O chefe de gabinete viria a emitir um desmentido no mesmo dia, mas as suas declarações iniciais deram mais munições ao Partido Democrata para avançar com o processo na Câmara dos Representantes.
Mulvaney tinha chegado ao cargo de forma provisória em Janeiro de 2019, para substituir o general John Kelly, e foi afastado da Casa Branca a 6 de Março deste ano, um mês depois da conclusão do julgamento do Presidente Trump, que terminou sem uma condenação.
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