Duas dezenas de filmes de Éric Rohmer em sala e em DVD no centenário do realizador
A Leopardo Filmes anunciou a aquisição de uma série de obras restauradas do cineasta, que vão desde a sua estreia, em 1962, com O Signo do Leão, aos contos das quatro estações dos anos 1990.
O limbo permanece e uma data para o regresso à normalidade pré-coronavírus é, por agora, impossível de definir. Mas é certo que essa data e essa normalidade regressarão e que poderemos, por exemplo, voltar a reunir-nos em salas de cinema. Para essa altura fica já marcado o reencontro com um dos mestres do cinema francês, Éric Rohmer. Assim o dita o comunicado desta sexta-feira em que a Leopardo Filmes anuncia a aquisição de 20 filmes restaurados do realizador que cumpriria 100 anos no sábado, dia 21 de Março.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O limbo permanece e uma data para o regresso à normalidade pré-coronavírus é, por agora, impossível de definir. Mas é certo que essa data e essa normalidade regressarão e que poderemos, por exemplo, voltar a reunir-nos em salas de cinema. Para essa altura fica já marcado o reencontro com um dos mestres do cinema francês, Éric Rohmer. Assim o dita o comunicado desta sexta-feira em que a Leopardo Filmes anuncia a aquisição de 20 filmes restaurados do realizador que cumpriria 100 anos no sábado, dia 21 de Março.
Os filmes agora adquiridos, que abrangem uma linha cronológica que se inicia precisamente com a estreia do cineasta na longa-metragem (O Signo do Leão, 1962) e avança até aos contos das “quatro estações” realizados na década de 1990, estrearão em sala e serão posteriormente editados em DVD. Nesse futuro ainda sem data marcada, mas com ano preciso, ou seja, este 2020, o ano do centenário de Rohmer, tempo então para reencontrar A Minha Noite em Casa de Maud (1969) e O Joelho de Claire (1970) – dois dos seis “contos morais”, série integralmente incluída nestas compras –, A Marquesa de O (1976) ou Paulina na Praia (1983).
Inevitavelmente associado à nouvelle vague, e um dos maiores cineastas a emanar dela, apesar de mais velho do que os restantes, como Jean-Luc Godard ou François Truffaut, Éric Rohmer migrou da literatura, o seu primeiro veículo expressivo, e carregou-a consigo para o cinema na década de 1950, tornando-se próximo daqueles que viriam a fundar os determinantes Cahiers du Cinéma, que chegou a dirigir. Nos anos 1960 começa a construir uma obra cinematográfica que aumentaria em cadência constante até perto da sua morte, a 11 de Janeiro de 2010. O seu último filme, Os Amores de Astrea e de Celadon, estreou em 2007.
Além dos já referidos, os filmes adquiridos incluem A Coleccionadora (1967), O Amor às 3 da Tarde (1972), Perceval, o Gaulês (1978), A Mulher do Aviador (1981), O Bom Casamento (1982), Noites de Lua Cheia (1984), O Raio Verde (1986), O Amiga da Minha Amiga (1987), 4 Aventuras de Reinette e Mirabelle (1987), A Árvore, o Presidente e a Mediateca (1993) e Os Encontros de Paris (1995).