China diz que Eduardo Bolsonaro “contraiu um vírus mental”
Filho do Presidente do Brasil culpou a “ditadura chinesa” pela pandemia do novo coronavírus e comparou a situação ao desastre nuclear em Tchernobil, na antiga União Soviética.
A embaixada da China em Brasília disse que Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, “contraiu um vírus mental” ao culpar a “ditadura chinesa” pela pandemia do novo coronavírus.
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A embaixada da China em Brasília disse que Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, “contraiu um vírus mental” ao culpar a “ditadura chinesa” pela pandemia do novo coronavírus.
“As suas palavras são extremamente irresponsáveis e soam-nos familiares. Não deixam de ser uma imitação dos seus queridos amigos. Ao voltar de Miami [nos Estados Unidos], contraiu, infelizmente, o vírus mental, que está a infectar a amizade entre os nossos povos”, escreveu a embaixada na sua conta oficial na rede social Twitter, em resposta ao filho de Jair Bolsonaro.
A embaixada escreveu ainda que Eduardo Bolsonaro é uma pessoa “sem visão internacional, nem senso comum”, e aconselhou-o a não ser “o porta-voz dos Estados Unidos no Brasil, sob a pena de tropeçar feio”.
A embaixada marcou também na publicação o ministro dos Negócios Estrangeiros brasileiro, Ernesto Araújo, e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Eduardo Bolsonaro, que é deputado federal, usou a sua conta no Twitter para culpar o Partido Comunista Chinês pela pandemia, que comparou ao desastre de 1986 na central nuclear de Tchernobil, na Ucrânia, na altura parte da antiga União Soviética.
Segundo o filho do Presidente brasileiro, a China optou por “esconder algo grave” em vez de responder prontamente e evitar milhares de mortes.
“Quem assistiu a Chernobyl vai entender o que ocorreu. Substitua a central nuclear pelo coronavírus e a ditadura soviética pela chinesa. Mais uma vez uma ditadura preferiu esconder algo grave a expor e sofrer o desgaste, mas que salvaria inúmeras vidas”, disse.
“A culpa é da China e liberdade seria a solução”, apontou.
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