Para ti, meu pai, aquele abraço!

Hoje é dia de estar com o pai, felicitá-lo e abraçá-lo.

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@PETERCALHEIROS

Hoje é Dia do Pai, mas pouco se fala nisso. Mantemos a preocupação, natural, de quem está a viver uma pandemia. Tenho a certeza de que o meu pai não iria gostar da ideia de não sair à rua e, se saísse um pouquinho, de não receber um sorriso das pessoas por quem passasse e muito menos um beijo.

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Hoje é Dia do Pai, mas pouco se fala nisso. Mantemos a preocupação, natural, de quem está a viver uma pandemia. Tenho a certeza de que o meu pai não iria gostar da ideia de não sair à rua e, se saísse um pouquinho, de não receber um sorriso das pessoas por quem passasse e muito menos um beijo.

Há tensão no ar e as conversas espelham isso. Poucos são os assuntos que conseguem sobreviver ao maldito vírus. Já tenho ouvido algumas pessoas chamarem-no assim: maldito.

Hoje é dia de estar com o pai, felicitá-lo e abraçá-lo. Quem puder não deve deixar que o maldito o impeça, porque há muitas formas de substituir o abraço (físico) que podem mostrar que estamos presentes. Este é o nosso desafio neste momento: mantermo-nos em contacto sem poder contactar, efectivamente.

E então... já abraçou o seu pai hoje? Abrace-o cobrindo-o de mensagens, de e-mails, de telefonemas, com um filme se o puderem ver juntos, com o seu prato preferido, com um gesto. Mas abrace! Faça-o por ele e por si, num momento em que todos estamos a precisar de um grande abraço. Não deixe de o fazer para não sentir falta, mais tarde, dos abraços não dados, dos gestos não feitos ou das palavras não ditas. Este é o momento.

E aquelas pessoas que já não tem o pai para abraçar? Há sempre alguma coisa que podem fazer para não deixar passar em branco um dia que é de homenagem a quem tanto nos fez bem.

Para o meu pai deixo aqui um beijo, um abraço e a certeza de que vou gostar sempre de ti... daqui até ao Brasil!