Coronavírus: Festival DDD – Dias da Dança foi cancelado

O evento, que deveria decorrer entre 18 de Abril e 3 de Maio, tinha agendado mais de 20 espectáculos nacionais e internacionais.

Foto
Marry me in Bassiani, regresso a Portugal do coletivo (LA)HORDE, seria o espectáculo de abertura da edição de 2020 ANJA BEUTLER

A quinta edição do DDD – Festival Dias da Dança, organizada pelas câmaras do Porto, de Vila Nova de Gaia e e Matosinhos, foi esta quarta-feira cancelada devido “à situação de pandemia e às recentes medidas adoptadas pelo Governo”, anunciou a organização.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

A quinta edição do DDD – Festival Dias da Dança, organizada pelas câmaras do Porto, de Vila Nova de Gaia e e Matosinhos, foi esta quarta-feira cancelada devido “à situação de pandemia e às recentes medidas adoptadas pelo Governo”, anunciou a organização.

Este evento, que deveria decorrer entre os dias 18 de Abril e 3 de Maio, tinha agendado mais de 20 espectáculos nacionais e internacionais em teatros e auditórios, criações em espaços públicos, uma semana de programadores, workshops, conferências e festas.

“A decisão, tomada em conjunto com os organizadores e parceiros do festival, assenta na consciência de que vivemos  –​  e continuaremos a viver nos tempos mais próximos – uma situação de excepção, na qual a segurança das populações deve ser a máxima prioridade”, lê-se numa nota publicada no site da Câmara Municipal de Matosinhos.

Além das questões de segurança, as recentes medidas de combate à covid-19 levantaram obstáculos logísticos, entre os quais se incluem restrições de vistos, condicionamentos às viagens de companhias internacionais (oriundas de Itália, Alemanha, Coreia do Sul ou Filipinas), e o encerramento de equipamentos locais onde vários artistas e companhias nacionais estariam, ao longo das próximas semanas, em processo de criação de novas obras a estrear no festival, salienta a nota.

Da programação já anunciada (apenas uma parte, dado que a conferência de imprensa marcada para a passada terça-feira acabou por ser cancelada), constavam criações do italiano Alessandro Sciarroni, Leão de Ouro da Bienal de Dança de Veneza do ano passado (Augusto), da francesa Phia Ménard (Saison Sèche, que no ano passado esteve no Festival de Almada), da filipina Eisa Jocson (Princess) e da sul-coreana Eun-Me Ahn (North Korea Dance). A dança nacional deveria fazer-se representar, por exemplo, por Sónia Baptista (Geração 0.1) e Luísa Saraiva (Hark!, co-criação com  a turca Senem Gökçe Oğultekin). Marry me in Bassiani, regresso a Portugal do coletivo (LA)HORDE, seria o espectáculo de abertura.

A organização do festival tudo fará, “na medida das suas possibilidades e em articulação com os artistas e companhias envolvidas”, para garantir que as actividades previstas para este período sejam reagendadas, designadamente na edição do DDD – Festival Dias da Dança de 2021, adianta.

“Deste modo, a organização do festival declara estar profundamente empenhada em honrar, na máxima dimensão possível, os compromissos contratualmente assumidos e os custos efectivamente suportados até à data pelas companhias e artistas afectadas por este cancelamento”, refere.

A edição de 2021 realizar-se-á de 17 de Abril a 2 de Maio.