Desinfectar terminais de multibanco e dispensadores de senhas de hora a hora: estas são as regras da DGS para o atendimento ao público

Já pensou em quantas pessoas usam o dispensador de senhas? E quantas mexem no terminal de multibanco? Aqui estão os conselhos da Direcção-Geral da Saúde para a protecção contra o novo coronavírus em espaços de atendimento ao público.

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Várias áreas estão a desinfectadas, em especial transportes públicos Miguel Manso

São os conselhos para todos os espaços com atendimento ao público: devem ser criadas barreiras para separar o profissional do utente, a zona de espera deve usar apenas um terço da sua capacidade e os equipamentos críticos como o dispensador de senhas ou multibanco devem ser limpos de hora a hora. As indicações fazem parte de uma orientação publicada esta terça-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

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São os conselhos para todos os espaços com atendimento ao público: devem ser criadas barreiras para separar o profissional do utente, a zona de espera deve usar apenas um terço da sua capacidade e os equipamentos críticos como o dispensador de senhas ou multibanco devem ser limpos de hora a hora. As indicações fazem parte de uma orientação publicada esta terça-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS).

A orientação explica que a transmissão do novo coronavírus é mais provável quando existe um contacto próximo (“menos de dois metros”) com uma pessoa infectada e por isso o risco é “tanto maior quanto mais tempo de contacto e proximidade as pessoas estiverem”.

A transmissão do vírus pode ocorrer por via directa — “através de gotículas que uma pessoa infectada transmite pela boca ou nariz quando fala, tosse ou espirra e não utiliza as regras de etiqueta respiratória – e por via indirecta – “através das mãos, que tocam nas superfícies contaminadas com as gotículas expelidas pelas pessoas infectadas e que depois são levadas à cara, à boca ou ao nariz inadvertidamente, sem termos feito a higiene das mãos”.

Daí a importância de se cumprirem regras de afastamento social e de higienização dos espaços que fazem atendimento ao público. A DGS defende que os estabelecimentos que fazem atendimento ao público devem garantir que “o local destinado à espera dos utilizadores comporte apenas um terço da sua capacidade normal” e que o atendimento ao balcão se faz com pelo menos um metro distância e “através de barreiras físicas que limitem a proximidade entre os colaboradores e os utentes”. Dá como exemplo a “colocação de barreira de acrílico que limite a exposição”.

Se necessário colocar sinais ou barreiras no chão para delimitar distâncias e quando é preciso fazer entregas directas de produtos, “o responsável pela entrega deverá evitar, no limite das suas possibilidades, o contacto directo com o utente ou com quaisquer objectos pessoais do mesmo”.

Atendimento prioritário aos mais vulneráveis

A limpeza dos espaços também deve ser intensificada, afirma a DGS. Defende-se que todas as zonas devem ser limpas com produtos adequados pelo menos uma vez por dia. Dão os exemplos de zonas de atendimento, balcões, gabinetes de atendimento, áreas de espera, teclados do computador, casas de banho, telefones, corrimões e puxadores.

Já os equipamentos críticos, como “locais dispensadores de senhas, terminais multibanco” devem ser desinfectados a “todas as horas, e com recurso a agentes adequados”.

Fica ainda indicação para que todas as pessoas vulneráveis – nas quais de incluem “pessoas com mais de 65 anos e com limitações físicas ou mentais perceptíveis, as grávidas, os acompanhantes de criança de colo com idade igual ou inferior a 2 anos” — sejam identificadas e aplicadas as regras de prioridade. Mesmo quando estas pessoas não a peçam. “Lembre-se que estas são as pessoas mais afectadas pela covid-19 e, como tal, os estabelecimentos devem ter um papel activo na sua protecção”, reforça a DGS.