Compraram 17 mil desinfectantes para lucrar com coronavírus. Impedidos de vender, doaram tudo
Dois irmãos esgotaram materiais de protecção de lojas e farmácias locais. Choveram críticas e Matt Colvin decidiu doar material, depois de não o ter conseguido vender.
Com a escalada do número de casos de coronavírus confirmados nos Estados Unidos, os irmãos Matt e Noah Colvin abasteceram-se com materiais de protecção. A intenção de ambos era clara: lucrar com o pânico gerado pela pandemia. Em poucos dias varreram as prateleiras de todas as lojas locais que comercializavam estes produtos.
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Com a escalada do número de casos de coronavírus confirmados nos Estados Unidos, os irmãos Matt e Noah Colvin abasteceram-se com materiais de protecção. A intenção de ambos era clara: lucrar com o pânico gerado pela pandemia. Em poucos dias varreram as prateleiras de todas as lojas locais que comercializavam estes produtos.
No total, adquiriram mais de 17 mil desinfectantes, toalhitas e máscaras cirúrgicas. Começaram a listar os produtos na plataforma de vendas da Amazon e venderam 300 desinfectantes em poucos minutos: o preço de algumas garrafas chegou a atingir os 70 dólares (cerca de 63 euros), informa o The New York Times.
Tal como estes irmãos, centenas de outros vendedores criaram anúncios na Amazon e no eBay, originando revolta por parte das pessoas que não conseguiam encontrar os produtos nas lojas e farmácias. Estas duas plataformas de vendas cancelaram a transacção deste tipo de produtos, para evitar preços inflacionados.
Num ápice, os irmãos Colvin ficaram numa situação desconfortável, “presos” a milhares de produtos. Com esta proibição de venda online, deixaram de possuir uma plataforma onde pudessem escoar o considerável stock. A história dos irmãos seria divulgada nos órgãos de comunicação social, o que levou a que aqueles fossem amplamente criticados por uma sociedade norte-americana com dificuldades em encontrar este tipo de produtos.
Este domingo, os irmãos decidiram doar todo o material em sua posse, pedindo desculpa às pessoas afectadas pela pandemia. “Se, pelas minhas acções, alguém foi directamente afectado e não conseguiu encontrar estes materiais nas suas lojas locais, estou mesmo arrependido”, afirmou Matt Colvin, em declarações à emissora WRCB Chattanooga.