Ubbu oferece aulas de programação à distância para escolas
A iniciativa destina-se a todas as escolas, independentemente de já serem utilizadores da plataforma.
A Ubbu, uma plataforma portuguesa para pôr crianças a programar criada pela Academia de Código, está a disponibilizar o acesso gratuito a escolas nacionais do 1.º ao 6.º ano de escolaridade, forçadas a encerrar devido às medidas para travar a propagação da covid-19. A iniciativa destina-se a todas as escolas, independentemente de já serem utilizadores da plataforma.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Ubbu, uma plataforma portuguesa para pôr crianças a programar criada pela Academia de Código, está a disponibilizar o acesso gratuito a escolas nacionais do 1.º ao 6.º ano de escolaridade, forçadas a encerrar devido às medidas para travar a propagação da covid-19. A iniciativa destina-se a todas as escolas, independentemente de já serem utilizadores da plataforma.
“Preparámos esta solução para que os alunos que já estavam a seguir o programa não saiam prejudicadas e para que outros que tenham sido forçados a ficar em casa possam ocupar o seu tempo de forma produtiva,” explicou em comunicado João Magalhães, presidente executivo da Ubbu, no final da semana passada. “As escolas encerradas em Felgueiras já estão a receber apoio em regime remoto e foram o exemplo impulsionador desta acção”, acrescenta.
Para se inscreverem, as escolas interessadas devem preencher o formulário online. O acesso será totalmente gratuito até, pelo menos, ao próximo mês de Junho.
O conteúdo da plataforma varia consoante a idade dos utilizadores: com seis anos, por exemplo, os alunos devem completar sequências de instruções (“virar para a direita”, “recuar dois passos”, “avançar um passo”) para fazer andar carros e robôs no ecrã. Com 12, podem criar pequenos jogos ao programar aquilo que diferentes elementos do jogo devem fazer e como interagem entre si.
Cada aula tem a duração de uma hora – a ideia é que os alunos completem uma por semana. Os temas têm por base as metas de desenvolvimento sustentável da ONU, como a erradicação da pobreza e a igualdade de género.
Em 2019, a União Europeia definiu a programação como “a competência do século XXI”, com vários países. Em Portugal, a Direcção-Geral da Educação incentiva actividades de robótica e programação para os alunos do 1.º ao 9.º anos. Alguns jardins-de-infância já oferecem aulas de programação com robôs interactivos, através do Kids Media Lab, um laboratório móvel criado por uma investigadora da Universidade do Minho. Em muitas escolas, a matéria vem incluída como uma parte da disciplina de Tecnologias de Informação e Comunicação.
Para que o ensino em regime remoto seja facilmente adoptado, a Ubbu criou conteúdos para as escolas, pais e alunos com ferramentas e instruções especialmente dedicadas a esta realidade.