Tech4Covid19: um movimento português para combater o novo coronavírus com tecnologia
São 120 empresas tecnológicas e mais de 600 pessoas a trabalhar para a criação da Tech4Covid19. O objectivo é usar a tecnologia para combater o surto de covid-19. Já há 12 projectos prestes a arrancar, um deles pretende identificar locais e pessoas infectadas, de forma a prever redes de contágio.
A comunidade tecnológica portuguesa juntou-se para criar uma solução que quer ajudar o país a lidar (e, quem sabe, superar) o desafio da covid-19: o Tech4Covid19. O movimento, que nasceu de “uma conversa informal entre fundadores de startups tecnológicas”, transformou-se num projecto que envolve 120 empresas e mais de 600 pessoas de áreas distintas envolvidas.
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A comunidade tecnológica portuguesa juntou-se para criar uma solução que quer ajudar o país a lidar (e, quem sabe, superar) o desafio da covid-19: o Tech4Covid19. O movimento, que nasceu de “uma conversa informal entre fundadores de startups tecnológicas”, transformou-se num projecto que envolve 120 empresas e mais de 600 pessoas de áreas distintas envolvidas.
“Cibersegurança, saúde, manutenção, recursos humanos, consultoria, serviços na nuvem, comércio electrónico, dispositivos médicos”: estas são algumas das áreas de acção das empresas que fazem parte do Tech4Covid19, que já tem 12 projectos tecnológicos que deverão ajudar na luta contra o novo coronavírus em desenvolvimento. AdClick, Deloitte, Farfetch, Indigo ou Sonae MC (do Grupo Sonae, detentor do PÚBLICO), são algumas das empresas que se associaram movimento.
Um dos projectos prestes a arrancar é o Trackcovid, que pretende identificar locais e pessoas infectadas ou potencialmente infectadas, prevendo redes de contágio. O Tech4Covid19 quer ainda “facilitar videochamadas entre médicos e doentes; criar uma rede de suporte a médicos e enfermeiros deslocados ou a pessoas que simplesmente necessitam de ajuda para ir às compras ou à farmácia; ou disseminar informação de recrutamento e coordenação de profissionais de saúde”, enumera o movimento, em comunicado enviado ao P3.
Além de questões logísticas, a plataforma pretende também “acelerar a compra de material hospitalar e lançar um crowdfunding para compra desse mesmo material; criar um sistema que permita à população verificar sintomas sem necessidade de ir ao médico e criar um chatbot para serem tiradas dúvidas dos apoios concedidos pelo estado às empresas e às pessoas singulares”.
O Tech4Covid está a desenvolver um site, que funcionará como um agregador de iniciativas. Será nas redes sociais — Instagram, Facebook, Twitter e Linkedin — que os projectos serão divulgados.
Já em contacto com profissionais de saúde e entidades como a Direcção-Geral de Saúde, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e as Administrações Regionais de Saúde, o Tech4Covid19 prepara-se para entrar em acção “tendo em conta as necessidades actuais do país” e sem “correr o risco de criar obstáculos às operações já em curso”.
Os interessados em aderir ao movimento poderão preencher um inquérito já disponível na página do movimento. O importante é ter em conta que este não é um projecto “B2B ou B2C”, mas sim H2H — “Human to Human”.