Bill Bryson e a descoberta de que “somos verdadeiramente assombrosos”
Um livro para conhecer melhor o nosso corpo, de forma leve e divertida.
Bill Bryson ficou muito conhecido pelos seus livros de viagens e também por causa de Breve História de Quase Tudo (2005), que se tornou o livro de não-ficção mais vendido no Reino Unido naquela década. Em Portugal foi publicado pela primeira vez em 2001 com Made in America, uma história da cultura dos EUA contada a partir da evolução da sua língua.
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Bill Bryson ficou muito conhecido pelos seus livros de viagens e também por causa de Breve História de Quase Tudo (2005), que se tornou o livro de não-ficção mais vendido no Reino Unido naquela década. Em Portugal foi publicado pela primeira vez em 2001 com Made in America, uma história da cultura dos EUA contada a partir da evolução da sua língua.
No final do ano passado publicou O Corpo - Um Guia para Ocupantes, uma obra cheia de números e factos, de estudos e de histórias, e de investigação, muita dela vinda de conversas suas com especialistas numa linguagem acessível.
Pode ler-se um capítulo hoje, outro amanhã, pois cada um está dedicado a um tema. Começa pela pele (o nosso maior órgão) e cabelo, passa pelos “micróbios que há em nós, dentro de nós e à nossa volta”, pela “coisa mais extraordinária do Universo” que se encontra dentro da nossa cabeça — o cérebro, mas também fala sobre doenças (“quando as coisas correm mal ou muito mal”).
Aqui fica um exemplo: “O corpo é frequentemente comparado a uma máquina, mas é muito mais do que isso. Trabalha 24 horas por dia, durante décadas, sem precisar (na maior parte do tempo) de reparações regulares nem da instalação de peças sobressalentes, é movido a água e alguns compostos orgânicos, é macio e bastante bonito, convenientemente móvel e flexível, reproduz-se com entusiasmo, faz piadas, sente afecto, aprecia um belo pôr-do-sol e uma brisa fresca. Quantas máquinas conhecemos capazes de fazerem tudo isso? Não há qualquer dúvida. Nós somos verdadeiramente assombrosos. No entanto, é preciso que se diga, isto também se aplica às minhocas.”
Deliciem-se.