Jerónimo Martins com medidas extraordinárias, Pingo Doce passa a fechar às 19h00

Grupo decidiu fechar as lojas Pingo Doce duas horas mais cedo, “por tempo indefinido”, a partir de segunda-feira.

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Andreia Carvalho

O presidente da Jerónimo Martins disse hoje à Lusa que o grupo vai implementar medidas extraordinárias devido à pandemia de covid-19, “por tempo indefinido”, com os supermercados Pingo Doce a fecharem “no máximo” às 19h00.

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O presidente da Jerónimo Martins disse hoje à Lusa que o grupo vai implementar medidas extraordinárias devido à pandemia de covid-19, “por tempo indefinido”, com os supermercados Pingo Doce a fecharem “no máximo” às 19h00.

“Na sequência da activação do estado de alerta em Portugal motivada pelo evoluir da pandemia de covid-19, o grupo Jerónimo Martins decidiu implementar medidas extraordinárias por tempo indefinido, a aplicar nos seus escritórios centrais, e nas lojas e centros de distribuição em todo o país”, afirmou Pedro Soares dos Santos.

Assim, “a partir da próxima segunda-feira, 16 de Março, as lojas do grupo Jerónimo Martins em Portugal (Pingo Doce, Recheio, Bem-Estar, Hussel e Jerónymos) vão passar a ter um horário de funcionamento reduzido e metade dos colaboradores dos escritórios centrais passarão a trabalhar a partir de casa, de forma rotativa”, explicou.

“Os horários das lojas variam em função da cadeia e também das localizações, podendo ser consultados nos respectivos ‘sites'”, adiantou o gestor.

“As lojas Pingo Doce fecharão no máximo às 19h00 e as lojas Recheio às 16h00”, disse Pedro Soares dos Santos.

“Desta forma, contribui-se, por um lado, para a contenção da propagação da doença e, por outro lado, garante-se que existe sempre, em cada unidade ou área, uma equipa pronta a avançar caso se tenha de isolar outra equipa”, salientou o presidente do grupo Jerónimo Martins.

“Em tempos de crise, o abastecimento alimentar assume uma importância estratégica, pelo que o objectivo passa por manter em funcionamento a cadeia logística, assegurar a disponibilidade de produtos nas lojas e reduzir o risco para colaboradores e clientes”, referiu Pedro Soares dos Santos, apontando que “o grupo está permanentemente a avaliar a evolução da situação e a introduzir os ajustamentos que, a cada momento, forem necessários”.

Esta semana, a Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença covid-19 como uma pandemia e, na quinta-feira à noite, o Governo português declarou estado de alerta.

Esta madrugada, o Governo anunciou novas medidas para conter a propagação da covid-19, nomeadamente o encerramento temporário das escolas, o que vai obrigar muitos trabalhadores a ficarem em casa com os filhos.

As pessoas nesta situação receberão 66% da sua remuneração, que será paga pelo seu empregador e pela Segurança Social.

O novo coronavírus responsável pela covid-19 foi detectado em Dezembro de 2019, na China, e já provocou mais de 5000 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde (OMS) a declarar a doença como pandemia.

O número de infectados ultrapassou as 134 mil pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 112 casos confirmados.