Coronavírus: Cultura ao domicílio com a Indieror
Associação cultural tem desenvolvido actividades musicais e teatrais, em particular na região de Trás-Os-Montes, e propõe a partilha de conteúdos da sua autoria, no canal do YouTube, para que seja possível “levar a cultura a casa uns dos outros.”
A associação cultural Indieror propõe que estes dias de recolhimento sirvam para dar a conhecer projectos artísticos pouco conhecidos com a hashtag #CulturaAoDomicilio, numa altura vulnerável para diversos sectores, entre eles o cultural.
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A associação cultural Indieror propõe que estes dias de recolhimento sirvam para dar a conhecer projectos artísticos pouco conhecidos com a hashtag #CulturaAoDomicilio, numa altura vulnerável para diversos sectores, entre eles o cultural.
É em parte uma proposta artística para estes dias em que muitos estão em casa, mas é também uma chamada de atenção para um dos sectores, o cultural, que está a sofrer os impactos dos problemas de saúde pública provocados pela propagação da covid-19.
É neste contexto que a associação Indieror, que tem desenvolvido actividades musicais ou teatrais, em particular na região de Trás-Os-Montes, e que o músico David Byrne destacou no seu projecto Reasons To Be Cheerful, pelo combate à desertificação do interior através da cultura – vem propor a partilha de conteúdos da sua autoria, no canal do YouTube, onde se tem acesso a vídeos das suas produções, entrevistas, canções e pessoas que se foram cruzando com o projecto ao longo dos anos.
“As actividades culturais e de entretenimento têm sido, e bem, limitadas e canceladas para que possamos adoptar comportamentos mais responsáveis no combate à propagação desta nova ameaça”, pode ler-se na nota enviada à imprensa, “incluindo os espectáculos do Indieror, que aconteceriam num futuro próximo e estão neste momento congelados.”
A nota segue elencando que existem “músicos, programadores, técnicos e profissionais diversos que dependem destas actividades para viver” e que num contexto precário, “terão consequências muito sérias nas suas vidas.”
Nesse sentido, o colectivo acredita que esta pode ser uma oportunidade para se dar a ver projectos que não se conhece ou de partilhar o trabalho de pessoas que, neste momento, precisam de suporte à sua actividade.
O colectivo apela ainda que, através da hashtag #CulturaAoDomicilio, sejam partilhados outros conteúdos que sejam considerados de interesse, para dar visibilidade a profissionais da área cultural que não são muito conhecidos, para que seja possível “levar a cultura a casa uns dos outros.”
Já ontem tinha ficado a saber-se que algumas companhias de teatro decidiram levar os seus trabalhos até às plateias recorrendo a transmissões nas redes sociais, forma de batalharem nestes tempos de pandemia.