O “Credo Americano”
Se o Partido Democrata quiser vencer Trump nas próximas presidenciais terá de apresentar um candidato e um programa alicerçado na outra corrente principal do nacionalismo do país: o “Credo Americano”. E, nas atuais circunstâncias, só Joe Biden pode ser o seu representante.
Foi a noite de todas as perguntas. 8 de novembro de 2016. Contra as expetativas da esmagadora maioria das pessoas, Donald Trump foi eleito Presidente dos Estados Unidos. Numa televisão, uma pivot, com o olhar perdido, questionava: “Será que isto está mesmo a acontecer? como é possível?” Parecia à partida muito estranho. Tratava-se do país que em 2008 fez história ao eleger Barack Hussein Obama, um afro-americano, filho de pai muçulmano, que tinha como grande referência Abraham Lincoln. Oito anos depois, escolhia um branco nativista, que prometia devolver a grandeza aos “verdadeiros americanos” e se inspirava em Andrew Jackson. Era preciso encontrar respostas e essas costumam estar nos grandes livros, como o magnífico América. A Bem ou a Mal. Uma Anatomia do Nacionalismo Americano, de Anatol Lieven.
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Foi a noite de todas as perguntas. 8 de novembro de 2016. Contra as expetativas da esmagadora maioria das pessoas, Donald Trump foi eleito Presidente dos Estados Unidos. Numa televisão, uma pivot, com o olhar perdido, questionava: “Será que isto está mesmo a acontecer? como é possível?” Parecia à partida muito estranho. Tratava-se do país que em 2008 fez história ao eleger Barack Hussein Obama, um afro-americano, filho de pai muçulmano, que tinha como grande referência Abraham Lincoln. Oito anos depois, escolhia um branco nativista, que prometia devolver a grandeza aos “verdadeiros americanos” e se inspirava em Andrew Jackson. Era preciso encontrar respostas e essas costumam estar nos grandes livros, como o magnífico América. A Bem ou a Mal. Uma Anatomia do Nacionalismo Americano, de Anatol Lieven.