Governo vai monitorizar “comportamentos desproporcionais dos cidadãos” nos supermercados

O Ministério da Economia criou um grupo de trabalho para avaliar a evolução da cadeia de abastecimento nos sectores agro-alimentar e de retalho para antecipar “comportamentos individuais desproporcionais face às necessidades efectivas dos cidadãos”.

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Pedro Siza Vieira PÚBLICO

O Governo criou um Grupo de Acompanhamento e Avaliação das Condições de Abastecimento de Bens nos Sectores Agro-alimentar e do Retalho em Virtude das Dinâmicas de Mercado determinadas pelo covid-19, que terá a sua primeira reunião a partir das 14h30 desta quinta-feira.

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O Governo criou um Grupo de Acompanhamento e Avaliação das Condições de Abastecimento de Bens nos Sectores Agro-alimentar e do Retalho em Virtude das Dinâmicas de Mercado determinadas pelo covid-19, que terá a sua primeira reunião a partir das 14h30 desta quinta-feira.

Segundo uma nota enviada esta manhã, o Ministério da Economia explica que esta iniciativa surge “face à necessidade de acompanhar e avaliar a evolução da cadeia de abastecimento nos sectores agro-alimentar e do retalho”.

“Entre os objectivos do Grupo está a antecipação de eventuais situações de perturbação no provimento regular ou comportamentos individuais desproporcionais face às necessidades efectivas dos cidadãos”, acrescenta a mesma nota.

O Governo diz ainda que outra das missões deste grupo de trabalho passa por “delinear, se necessário, medidas preventivas ou correctivas destinadas a manter ou restabelecer as normais condições de abastecimento”.

Na quarta-feira, ao final do dia, o presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal sublinhou que “os agricultores estão perfeitamente sintonizados para que a cadeia de abastecimento dos produtos alimentares seja assegurada”. À saída de uma reunião da Concertação Social, em Lisboa, sobre os impactos da doença Covid-19, Oliveira e Sousa assegurou que “há um esforço com as próprias cadeias das áreas de distribuição (…) para que não haja quebra de abastecimento de produtos”.

“Não vai haver falta de fruta, nem de legumes e os portugueses podem estar perfeitamente seguros”, pois existe “uma cadeia de abastecimento estabilizada em sintonia com as áreas comerciais e com as redes de distribuição”, acrescentou, concluindo que “não haverá problemas em relação aos produtos alimentares, principalmente os frescos: carne, leite, ovos, legumes e frutas”.