Governo: “Não há razões para uma corrida aos supermercados”
Associações da cadeia alimentar, da produção à distribuição, garantem o normal fornecimento de bens. Secretário de Estado afasta cenário de ruptura de stocks.
As principais associações da cadeia alimentar dão garantias de que não se prevê a ocorrência de ruptura de stocks e, por isso, o Governo, pela voz do secretário de Estado da Defesa do Consumidor, apela à calma dos cidadãos na aquisição de bens. João Torres afastou, para já, qualquer medida restritiva à aquisição de bens, como a fixação de um determinado número de bens por consumidor, mas não exclui essa possibilidade no âmbito do grupo de trabalho que foi constituído para acompanhar e avaliar o abastecimento de bens alimentares.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
As principais associações da cadeia alimentar dão garantias de que não se prevê a ocorrência de ruptura de stocks e, por isso, o Governo, pela voz do secretário de Estado da Defesa do Consumidor, apela à calma dos cidadãos na aquisição de bens. João Torres afastou, para já, qualquer medida restritiva à aquisição de bens, como a fixação de um determinado número de bens por consumidor, mas não exclui essa possibilidade no âmbito do grupo de trabalho que foi constituído para acompanhar e avaliar o abastecimento de bens alimentares.
O secretário de Estado, que falava no final da primeira reunião do grupo de trabalho que junta entidades públicas e associações privadas do sector produtor agro-alimentar, retalho, distribuição e logística das cadeias de abastecimento, procurou deixar uma mensagem de tranquilidade, garantindo que não há motivos para a corrida aos supermercados devido à Covid-19. “Não há razões para aquilo que se designa de corrida aos supermercados, porque isso pode gerar um alarme que é injustificado”, declarou João Torres.
E garantiu ainda que “a procura inusitada que se tem registado não significa, na prática, que não haja stocks suficientes para repor em prateleira esses mesmos produtos”.
De acordo com as garantias dadas pelos membros do grupo de trabalho, onde está a APED, a associação das empresas de distribuição, João Torres referiu que “não estamos na iminência de uma ruptura de stocks de produtos essenciais”.
A criação do grupo de trabalho pretende, segundo o governante, antecipar eventuais perturbações que se possam vir a verificar.
Também a APED já tinha apelado à calma dos consumidores, considerando que depende disso eventuais rupturas pontuais de alguns produtos, especialmente nos frescos (carne, peixe, fruta) ou outros produtos. “Estamos em contacto permanente com a indústria para garantir o abastecimento normal das lojas e há essa colaboração dos produtores”, avançou Gonçalo Lobo Xavier ao PÚBLICO.