Uma das grandes personalidades da interpretação pianística das últimas décadas, Elisabeth Leonskaja regressou na segunda-feira à Gulbenkian para um recital a solo com um programa aliciante, cuidadosamente arquitectado. A sua selecção de obras estabeleceu, por um lado, uma ponte entre a primeira e a segunda “escola” de Viena — desde Beethoven a Schoenberg e Webern —, e, por outro, explorou processos musicais como a variação e o “estudo”, género instrumental destinado a exercitar aspectos técnicos que alcançou com vários compositores um elevado valor artístico como é o caso de Schumann e dos seus Estudos Sinfónicos op. 13. Outras dualidades (como a liberdade criativa de carácter improvisatório e o rigor intelectual da construção sonora, as grandes formas e os aforismos musicais) percorriam também um conjunto de obras, que incluía a Fantasia em Sol menor, op. 77, de Beethoven, as Seis Pequenas Peças para Piano, op 19, de Schoenberg, e as Variações op. 27, de Webern.
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Uma das grandes personalidades da interpretação pianística das últimas décadas, Elisabeth Leonskaja regressou na segunda-feira à Gulbenkian para um recital a solo com um programa aliciante, cuidadosamente arquitectado. A sua selecção de obras estabeleceu, por um lado, uma ponte entre a primeira e a segunda “escola” de Viena — desde Beethoven a Schoenberg e Webern —, e, por outro, explorou processos musicais como a variação e o “estudo”, género instrumental destinado a exercitar aspectos técnicos que alcançou com vários compositores um elevado valor artístico como é o caso de Schumann e dos seus Estudos Sinfónicos op. 13. Outras dualidades (como a liberdade criativa de carácter improvisatório e o rigor intelectual da construção sonora, as grandes formas e os aforismos musicais) percorriam também um conjunto de obras, que incluía a Fantasia em Sol menor, op. 77, de Beethoven, as Seis Pequenas Peças para Piano, op 19, de Schoenberg, e as Variações op. 27, de Webern.