Durante quatro anos, António Costa geriu o país com muita habilidade, mas num contexto altamente favorável. Esse contexto acabou. A epidemia do coronavírus vai ter um impacto brutal no turismo e, por consequência, na restauração, nos eventos, na cultura, nos transportes, no imobiliário, e afectar toda a cadeia produtiva, como há vários meses já tinha percebido quem estava dependente da produção chinesa. As bolsas mundiais estão a afundar, e uma pequena economia aberta, como a portuguesa, vai sofrer enormemente. Mesmo que a queda do preço de petróleo diminua a factura energética, e algumas indústrias beneficiem da pandemia (a farmacêutica, desde logo), a falta de confiança irá inevitavelmente colocar um travão a fundo no consumo e, com boa probabilidade, pôr o planeta inteiro em recessão.
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Durante quatro anos, António Costa geriu o país com muita habilidade, mas num contexto altamente favorável. Esse contexto acabou. A epidemia do coronavírus vai ter um impacto brutal no turismo e, por consequência, na restauração, nos eventos, na cultura, nos transportes, no imobiliário, e afectar toda a cadeia produtiva, como há vários meses já tinha percebido quem estava dependente da produção chinesa. As bolsas mundiais estão a afundar, e uma pequena economia aberta, como a portuguesa, vai sofrer enormemente. Mesmo que a queda do preço de petróleo diminua a factura energética, e algumas indústrias beneficiem da pandemia (a farmacêutica, desde logo), a falta de confiança irá inevitavelmente colocar um travão a fundo no consumo e, com boa probabilidade, pôr o planeta inteiro em recessão.