Xi Jinping visitou Wuhan para gritar vitória contra o coronavírus

Os 16 hospitais temporários instalados no epicentro da epidemia foram encerrados. “Uma vitória para Wuhan, uma vitória para Hubei e uma vitória para a China!”, gritou o Presidente chinês de punho fechado no ar.

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Xi Jinping falou aos chineses desde Wuhan Reuters

O Presidente chinês visitou esta terça-feira a cidade de Wuhan, na sua primeira deslocação ao epicentro da epidemia de coronavírus que já infectou mais de 116 mil pessoas no mundo, provocando a morte de 4.088 pessoas, 3.024 só na China. Uma visita destinada a mostrar ao mundo que a China está quase a conseguir conter a epidemia na província de Hubei, onde surgiu em Dezembro.

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O Presidente chinês visitou esta terça-feira a cidade de Wuhan, na sua primeira deslocação ao epicentro da epidemia de coronavírus que já infectou mais de 116 mil pessoas no mundo, provocando a morte de 4.088 pessoas, 3.024 só na China. Uma visita destinada a mostrar ao mundo que a China está quase a conseguir conter a epidemia na província de Hubei, onde surgiu em Dezembro.

“Uma vitória para Wuhan, uma vitória para Hubei e uma vitória para a China!”, afirmou Xi Jinping, punho fechado erguido no ar, segundo a agência de notícias chinesa Xinhua. “Aquilo que devem fazer agora é manterem-se confiantes. Todos devemos estar confiantes de que vamos ganhar esta guerra”, acrescentou o Presidente chinês, numa transmissão ao vivo desde o Hospital Huoshenshan, em Wuhan.

Xi chegou à cidade no dia em que as autoridades anunciaram que todos os hospitais temporários, instalados para fazer face aos milhares de casos de covid-19, foram já encerrados, porque o número de infectados tem diminuído na cidade. As últimas duas instalações provisórias foram fechadas esta terça-feira.

Ao todo, nos 16 hospitais de campanha foram atendidos 12 mil pacientes. E Hu Yu, director do Hospital União, de Wuhan, que teve a seu cargo a direcção das instalações temporárias, salientou que “a construção de hospitais temporários é um passo inovador e efectivo que cumpriu o nosso objectivo inicial de tratar mais pacientes e conter a fonte da infecção.

A epidemia de coronavírus, que matou mais de 3.000 chineses em pouco mais de dois meses, é a maior emergência de saúde pública que a China enfrenta desde a criação da República Popular, em 1949, e a agência estatal chinesa que procura no seu texto salientar o papel central do Presidente no combate à epidemia.

“Xi é a espinha dorsal da batalha”, refere um professor da Academia de Liderança Executiva da China, em Pudong, Xangai. “A sua liderança é crucial para que o país possa conseguir vencer a epidemia”, refere Liu Jingbei.

A verdade é que este é um dos maiores testes nos oito anos de presidência de Xi Jinping que, no dia 28 de Janeiro, num encontro com o director-geral da Organização Mundial de Saúde, o etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que estava a dirigir pessoalmente a resposta à epidemia.

Xi classificou a epidemia como uma “guerra do povo”, mobilizando todos os chineses para combater um inimigo invisível. E esta terça-feira foi colher os louros de uma batalha épica que está quase no fim, porque a epidemia está “quase contida” em Wuhan, um dia depois de a Comissão Nacional de Saúde chinesa ter anunciado, na segunda-feira, o número mais baixo de novos contágios: 17. Descendo abaixo de 20 pela primeira vez desde o anúncio da epidemia em Janeiro.

Para Pequim o pior já passou. “A situação em Hubei e Wuhan começou a mostrar mudanças positivas com progressos importantes”, disse o chefe de Estado à Xinhua.

A cidade de Qianjiang, com um milhão de habitantes, anunciou que começará a levantar o bloqueio e retomar a sua actividade industrial nos próximos dias.