Agora, na hora da morte de Raquel Castro

A artista imaginou o velório que terá em 2080 – e executa-o meticulosamente no São Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, até 15 de Março.

Foto
ESTELLE VALENTE

Quem nunca sonhou ou imaginou poder assistir ao seu próprio funeral? Pairar sobre ele, por exemplo, ou estar por ali sem os outros darem por si, ouvindo as conversas; os comentários, de preferência sobre as suas qualidades; as recordações de seus eventuais feitos, das trapalhadas em que se meteu. Esse é o costume. Mas neste caso a artista sonhou, imaginou como seria, não se limitou a deixar ao azar os acontecimentos e planeou o seu velório com precisão dramática

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