Coronavírus: Bolsa de Lisboa fecha a perder 8,6%, BCP e Galp em mínimos
O mercado accionista português está a ser penalizado pela fuga em massa dos investidores. As duas acções mais afectadas são as do BCP e da Galp. Desde Julho de 2016 que o PSI-20 não valia tão pouco.
O mercado accionista português está a sofrer com a fuga dos investidores para activos financeiros de maior protecção, em sintonia com o que se verifica no resto das bolsas europeias e mundiais. O principal índice, o PSI-20 fechou a sessão desta segunda-feira com uma forte perda, de 8,66%, o que a levou para o seu nível mais baixo desde o Verão de 2016, com mais de metade das acções a negociarem nos mínimos dos últimos 12 meses. Este barómetro bolsista não caía tanto num só dia desde que o Brexit ganhou o referendo no Reino Unido (-11%)
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O mercado accionista português está a sofrer com a fuga dos investidores para activos financeiros de maior protecção, em sintonia com o que se verifica no resto das bolsas europeias e mundiais. O principal índice, o PSI-20 fechou a sessão desta segunda-feira com uma forte perda, de 8,66%, o que a levou para o seu nível mais baixo desde o Verão de 2016, com mais de metade das acções a negociarem nos mínimos dos últimos 12 meses. Este barómetro bolsista não caía tanto num só dia desde que o Brexit ganhou o referendo no Reino Unido (-11%)
Entre os mais penalizados estão os títulos de duas das maiores empresas cotadas: a Galp afundou 16,62% para os 9,584 euros, contaminada pelas notícias sobre a queda abrupta do preço do petróleo em mais de 20%, para mínimos de 20 anos, depois da Arábia Saudita ter anunciado que pretende inundar o mercado com petróleo barato como resposta à recusa da Rússia em reduzir a sua produção. A petrolífera portuguesa seguiu assim a tendência das suas pares mundiais e negoceia nos valores mais baixos desde Setembro de 2015.
Já o BCP sofreu uma queda de 15,18%, para 0,1201 euros, devido aos receios dos investidores sobre o impacto que a epidemia do novo coronavírus irá ter nas economias, com os alertas sobre recessão económica a sucederem-se em praticamente todos os grandes blocos económicos mundiais. O banco liderado por Miguel Maya, e participado pelos accionistas angolano Sonangol e chinês Fosun, fechou nos 14 cêntimos por cada título, depois de ter tocado nos 12 cêntimos (o seu valor mais baixo de sempre). O resto da banca europeia também está com perdas de dois dígitos, em especial em França e Itália.
Outro destaque pertence à Mota-Engil, que caiu 14,2%. Com todas as empresas a sofrer perdas, a de menor dimensão foi a da REN, com -4,43%.