André Henriques ainda não conseguiu tirar do corpo uma certa obrigação de se sentir produtivo. Foram muitos anos, 14 ou 15, a trabalhar no mundo das grandes empresas de consultoria, com muito pouco espaço para as suas próprias escolhas, e em que a sua vida enquanto músico dos Linda Martini foi-se tornando um pequeno fix semanal cada vez mais necessário. Era “um daqueles trabalhos que nos arrancam a pele”, descreve, frequentemente sem direito a folgas durante os fins-de-semana e sem horário de saída. Durante muito tempo, foi conciliando essa “escravidão” laboral com a música porque a sua ética de quem cresceu num meio musical herdeiro do punk o formara para sentir que a música devia ser apenas fonte de prazer — e não geradora de rendimento para pagar as contas.
Opinião
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