Portugal volta a aproximar-se do Grupo Mundial da Taça Davis

Em Setembro, a selecção nacional vai discutir o acesso ao qualifying das Davis Cup Finals de 2021.

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João Sousa Reuters/TOBY MELVILLE

O resultado final de 4-0 traduziu bem a superioridade de Portugal na eliminatória de permanência no Grupo Mundial I da Taça Davis, realizada na Lituânia. Ao mesmo tempo em que a selecção lusa colocou fim ao jejum de sete anos nas vitórias fora de casa, voltou a aproximar-se do grande objectivo de disputar a fase final da competição, agora designada por Davis Cup Finals.

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O resultado final de 4-0 traduziu bem a superioridade de Portugal na eliminatória de permanência no Grupo Mundial I da Taça Davis, realizada na Lituânia. Ao mesmo tempo em que a selecção lusa colocou fim ao jejum de sete anos nas vitórias fora de casa, voltou a aproximar-se do grande objectivo de disputar a fase final da competição, agora designada por Davis Cup Finals.

Depois de ter aumentado a vantagem de Portugal na sexta-feira – após o triunfo inaugural de Frederico Silva – João Sousa voltou ao hardcourt da Siualiai Tennis Academy, ao lado de Pedro Sousa, e em menos de uma hora, a dupla portuguesa derrotou Laurynas Grigelis e Lukas Mugevicus, pelos parciais de 6-3, 6-1. Sousa & Sousa anularam os quatro break-points que enfrentaram no encontro e conquistaram o desejado terceiro ponto, ao fim de 53 minutos.

“O Pedro e o João fizeram um excelente encontro. Entraram com a atitude e dinâmica necessária para um encontro de pares. Foram os dois muito competentes e deram a vitória a Portugal, com mais um ponto, que pareceu mais fácil do que foi. O resultado foi-se dilatando, mas porque eles estiveram sempre muito presentes e competentes”, resumiu o seleccionador Rui Machado.

Embora o desfecho da eliminatória já não pudesse ser alterado, Pedro Sousa (110.º no ranking ATP) ainda disputou o singular com o número um lituano, Grigelis (497.º), decidido no match tie-break (que substituiu o terceiro set): 7-6 (7/5), 5-7 e 10-3, em uma hora e 35 minutos.

Com este sucesso na Lituânia, a selecção masculina encerrou as séries de quatro derrotas em eliminatórias disputadas em hardcourt coberto desde 2015, e a de seis disputadas fora do país, desde 2013. “Temos um registo fora de casa que não é muito positivo, mas também demonstrámos aqui que temos nível, sabemos jogar fora e em piso rápido. Fomos, sobretudo, muito profissionais e trabalhámos”, frisou Machado.

Na próxima sexta-feira, Portugal saberá com quem irá discutir, em Setembro, o acesso ao qualifying das Davis Cup Finals de 2021. De entre as 12 possíveis selecções adversárias – derrotadas este fim-de-semana, no qualifying deste ano – há algumas indesejáveis devido a uma possível deslocação, como é o caso da Coreia do Sul, Índia ou Japão. Brasil, Uruguai, Chile, Bielorrússia, Holanda, Bélgica são outras hipóteses.

“Nós queremos aproximar-nos, cada vez mais, da fase final do Grupo Mundial, portanto cada vez que ganhamos uma eliminatória ficamos mais próximos desse objectivo. Aqui demos mais um passo, mas ainda faltam mais dois. Vamos tentar ver se algum dia alcançamos esse sonho”, acrescentou Rui Machado.