Jorge Silva Melo: itinerário de um cineasta

Cineasta e cinéfilo, é o foco da programação da Cinemateca Portuguesa durante Março, com uma retrospectiva (início dia 10 às 21h30, com Ainda Não Acabámos, Como se Fosse uma Carta) e uma carta branca.

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Rui Gaudêncio

Jorge Silva Melo, cineasta e cinéfilo, é o foco da programação da Cinemateca Portuguesa durante o mês de Março, com uma retrospectiva e uma carta branca. A retrospectiva inclui tudo o que ele filmou: as cinco ficções de longa-metragem balizadas por Passagem ou a Meio Caminho (1980) e António, um Rapaz de Lisboa (2000), com a adenda curta de Felicidade (2007); os filmes feitos na orla do teatro, como E Não se Pode Exterminá-lo? (1979), “documento” co-realizado com Solveig Nordlund sobre um lendário espectáculo da Cornucópia baseado em Karl Valentin, ou os muito recentes Jogadores de Pau Miró e O Tempo de Lluïsa Cunillé, sobre espectáculos encenados pelos Artistas Unidos; a cerca de dezena e meia de títulos da série de “retratos de artistas” que tem sem sido, nos últimos 25 anos anos, o essencial da actividade cinematográfica do autor (o primeiro: A. Palolo — Ver o Pensamento a Correr, de 1995; o mais recente: Fernando Lemos — Como, Não é um Retrato?, de 2017). Depois há a carta branca, para que Silva Melo escolheu vinte filmes da sua predilecção. O mais antigo é o Odd Man Out de Carol Reed (1947), e o mais recente o Vanitas ou o Outro Mundo de Paulo Rocha (2004).