Associação de Treinadores repudia contratações de Rúben Amorim e Custódio
Comunicados criticam impunidade e constantes atropelos à lei e ao Regulamento de Competições da Liga.
A Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) manifestou esta quinta-feira “indignação e repúdio” pela contratação de Rúben Amorim pelo Sporting, bem como pela “promoção” de Custódio Castro a treinador principal do Sp. Braga.
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A Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) manifestou esta quinta-feira “indignação e repúdio” pela contratação de Rúben Amorim pelo Sporting, bem como pela “promoção” de Custódio Castro a treinador principal do Sp. Braga.
Em dois comunicados, um para cada contratação, são apelidadas de “tristes episódios” as duas contratações, considerando que estas desprestigiam “a imagem do futebol português e desvirtuam a verdade desportiva”.
“Lamentamos que num país com os melhores jogadores e treinadores do mundo, se continue a assistir, impunemente, a constantes atropelos à lei e ao Regulamento de Competições da Liga, desconsiderando - desvalorizando até - o esforço dos treinadores cumpridores”, pode ler-se no documento.
Assim, a ANTF manifestou estranheza por os “leões”, “um clube com larga tradição na formação de talentos”, patrocinarem “este tipo de situações desconformes com a lei, em clara negação do seu legado”.
A associação pede ainda “uma tomada de posição da secretaria de Estado da Juventude e do Desporto”, pelo “reiterado incumprimento” dos regulamentos, alertando para a necessidade “premente de alteração do regime jurídico das federações desportivas, importando repor igualdade de critérios e de oportunidades para todos os treinadores de futebol”.
No comunicado referente à contratação de Custódio Castro, a ANTF descreve a situação como “uma vergonha”, por se tratarem “de situações reiteradas de desconsideração, desrespeito e afronta para com a secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, para com a Federação Portuguesa de Futebol, para com a própria Liga e para com os clubes e SAD cumpridoras da lei e dos regulamentos”.
“São gritantes os constantes atropelos à lei e ao Regulamento de Competições da Liga Portugal, sendo que, no presente caso, o treinador em apreço não possui sequer habilitações que lhe permitam ser adjunto da I Liga”, acrescentam.