Identificadas duas estirpes do novo coronavírus por investigadores chineses
Estudo preliminar descobriu uma estirpe mais agressiva do novo coronavírus, e outra mais ligeira, numa fase em que novos casos na China abrandam.
Cientistas na China a estudar a origem da epidemia viral do novo coronavírus dizem ter descoberto duas estirpes principais do vírus que podem estar a causar infecções. Os investigadores, da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade de Pequim e do Instituto Pasteur de Xangai, sob alçada da Academia Chinesa de Ciências, advertem, no entanto, que o estudo examinou uma quantidade ainda limitada de dados e que é necessário analisar mais dados para compreender melhor a evolução do vírus.
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Cientistas na China a estudar a origem da epidemia viral do novo coronavírus dizem ter descoberto duas estirpes principais do vírus que podem estar a causar infecções. Os investigadores, da Faculdade de Ciências da Vida da Universidade de Pequim e do Instituto Pasteur de Xangai, sob alçada da Academia Chinesa de Ciências, advertem, no entanto, que o estudo examinou uma quantidade ainda limitada de dados e que é necessário analisar mais dados para compreender melhor a evolução do vírus.
O estudo preliminar descobriu que uma estirpe mais agressiva do novo coronavírus, associada ao surto na cidade de Wuhan (província de Hubei), corresponde a 70% das amostras analisadas, enquanto 30% estava ligada a uma estirpe menos agressiva. A prevalência do vírus mais agressivo decresceu em meados de Janeiro, informaram ainda.
“Estes resultados apoiam fortemente a necessidade urgente de estudos mais abrangentes, que combinem dados genómicos, dados epidemiológicos e registos clínicos dos sintomas de pacientes com a Covid-19”, escreveu a equipa num artigo publicado na última terça-feira na revista National Science Review, da Academia Chinesa de Ciências.
Os resultados são divulgados em pleno decréscimo de novos casos do coronavírus, depois da aplicação de enormes restrições pela China, para travar a disseminação do vírus no segundo maior mercado económico do mundo, incluindo a suspensão de transportes e o alargamento das férias do Ano Novo Lunar.
A China continental tinha 119 novos casos confirmados de coronavírus na terça-feira, segundo a Comissão Nacional de Saúde, um ligeiro decréscimo dos novos 125 de segunda-feira, uma tendência de descida que se tem verificado desde meados de Fevereiro. O número total de casos na China continental chega agora aos 80.270. O número de mortes totalizava 2981 a 3 de Março.