Voos vindos de Itália vão ter maior rastreabilidade de passageiros

Autoridades vão ficar com contactos e lugares onde passageiros estiveram sentados para agilizar situação de casos suspeitos ou confirmados.

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Marta Temido anunciou esta segunda-feira a existência do primeiro caso confirmado em Portugal da doença COVID-19 LUSA/NUNO FOX

Os voos vindos de Itália vão passar a ser alvo de uma maior rastreabilidade de passageiros, como já estava a ser feito com os três voos semanais que chegam a Portugal vindos da China. O anúncio foi feito esta segunda-feira pela ministra da Saúde, numa conferência de imprensa em que relevou a existência do primeiro caso confirmado em Portugal da doença Covid-19, provocada pelo novo coronavírus detectado no final do ano passado na cidade chinesa de Wuhan.

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Os voos vindos de Itália vão passar a ser alvo de uma maior rastreabilidade de passageiros, como já estava a ser feito com os três voos semanais que chegam a Portugal vindos da China. O anúncio foi feito esta segunda-feira pela ministra da Saúde, numa conferência de imprensa em que relevou a existência do primeiro caso confirmado em Portugal da doença Covid-19, provocada pelo novo coronavírus detectado no final do ano passado na cidade chinesa de Wuhan.

“Neste momento, aquilo que é a recomendação geral para as pessoas que venham de uma área afectada, e onde possam ter tido contacto com doentes, é fazerem vigilância activa e contactar a Linha SNS24 [808 24 24 24] no sentido de ter aconselhamento do que devem fazer”, afirmou a ministra explicando que o aconselhamento será dado caso a caso e a partir dessa avaliação poderão ser definidas outras medidas.

Marta Temido afirmou que “já está tomada a decisão de aplicar aos voos que são provenientes de áreas afectadas — já o tínhamos feito aos voos vindos da China — a rastreabilidade de contactos e reforço da informação, a insistir que estejam atentos ao seu estado de saúde e se tiverem sintoma ligar para o SNS24 em vez de ir às unidades cuidados de saúde”. “Vamos alargar essa medida aos voos vindos de Itália”, disse.

A ministra explicou, no que diz respeito à rastreabilidade, que o que vão fazer “é a aplicação da [recolha de] identificação do passageiro, dos contactos que teve, do local onde se encontrava sentado no avião, para no caso de um posterior contacto com a linha SNS24 ou posterior validação de um caso, permitir mais facilmente o trabalho das autoridades de saúde na identificação de contactos potencialmente de risco”.

“Temos estado a seguir o dinamismo da adaptação dos mecanismos de resposta em função do evoluir da situação, dando cumprimento ao que tem sido também solicitado pelas organizações internacionais, um elevado sentido de coordenação e uma adopção proporcional de medidas em função daquilo que é o risco que vai aumentando ou diminuindo”, afirmou.

Na mesma conferência, Marta Temido anunciou a existência do primeiro caso confirmado em Portugal da doença COVID-19 — um médico de 60 anos que veio de férias do norte da Itália e está internado no Hospital de Santo António, no Porto. Há também um segundo caso que tudo indica será também positivo — falta a contra-análise feita pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge — de um homem de 33 anos que está internado no Hospital de São João, também no Porto. Este paciente esteve em Valência, Espanha.