Médica grávida vítima de tentativa de agressão em Lisboa
O caso ocorreu na semana passada, em Lisboa, e foi denunciado esta segunda-feira pelo Sindicato dos Médicos da Zona Sul.
Uma médica grávida foi vítima de tentativa de agressão por parte de um utente, na semana passada, no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, denunciou esta segunda-feira o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, que considera o caso “inaceitável”.
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Uma médica grávida foi vítima de tentativa de agressão por parte de um utente, na semana passada, no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, denunciou esta segunda-feira o Sindicato dos Médicos da Zona Sul, que considera o caso “inaceitável”.
A profissional de saúde terá desaconselhado uma troca de medicamentos pedida pelo utente que, em resposta, a terá ameaçado verbalmente e tentado agredi-la com um murro, depois de a médica ter avisado que iria pedir a intervenção da equipa de segurança.
O sindicato, em comunicado, denuncia “a falta de segurança nos locais de trabalho”. Informa ainda que “irá prestar apoio jurídico à colega” e responsabiliza o Ministério da Saúde e as próprias entidades patronais por não conseguirem dar respostas eficazes a este tipo de situações.
Este é pelo menos o quarto caso de violência contra profissionais da saúde denunciado este ano. No dia 2 de Janeiro, um médico foi agredido por se ter recusado a prolongar a baixa médica de um paciente, no dia 8 de Janeiro uma enfermeira foi agredida enquanto trabalhava nas urgências, e no dia 24 de Janeiro uma médica sofreu uma fractura numa mão na sequência da agressão de uma utente.
Depois de uma petição contra a violência na saúde com quase oito mil assinaturas ter sido entregue na Assembleia da República, no dia 13 de Janeiro, o secretário de estado da Saúde anunciou, no final desse mês, que os crimes de violência contra profissionais de saúde vão passar a ter carácter prioritário. António Sales referiu que o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça estão a trabalhar em conjunto para apresentar uma “proposta de lei de política criminal” ao parlamento, até Abril.
Texto editado por Ivo Neto