Há uma musa de António Nobre que de tempos a tempos fica sem perna

Desde que foi inaugurado há cinquenta anos o conjunto escultórico de Barata Feyo já foi vandalizado uma série de vezes. O alvo é sempre o mesmo: o pé de bronze de uma das musas do poeta que morreu há 120 anos que é roubado “possivelmente” para derreter.

Foto
Paulo Pimenta

No final da década de 1980 um telefonema misterioso chega a um dos gabinetes da Câmara de Matosinhos. Alguém que não se identifica diz a quem atendeu a chamada para se dirigir à rampa de acesso ao edifício recentemente inaugurado - em 1987 os Paços do Concelho tinham-se mudado da Rua Brito Capelo para perto do Parque Basílio Teles. Antes de desligar abruptamente, o autor da chamada enigmática informa que dentro de um saco de plástico estaria uma peça de interesse para a autarquia.

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