PIB italiano com crescimento mais baixo desde 2014
Dívida pública manteve-se em 134,8% do PIB, acima do limite de 60% fixado no Pacto de Estabilidade. Instituto estatístico italiano alerta para uma “desaceleração acentuada”
O Produto Interno Bruto (PIB) italiano subiu 0,3% em 2019, o pior resultado desde 2014, quando a economia do país ficou estagnada, com a dívida a alcançar os 134,8%, divulgou hoje o instituto nacional de estatística de Itália (Istat).
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Produto Interno Bruto (PIB) italiano subiu 0,3% em 2019, o pior resultado desde 2014, quando a economia do país ficou estagnada, com a dívida a alcançar os 134,8%, divulgou hoje o instituto nacional de estatística de Itália (Istat).
De acordo com o organismo italiano, este dado revê em alta de 0,1 pontos percentuais o valor preliminar avançado em Janeiro. O Governo italiano tinha estimado para 2019 um crescimento de 0,1% e um défice de 2,2% do PIB, prevendo que a dívida alcançasse os 135,7% do PIB.
Apesar de os dados serem melhores do que as previsões do executivo, o instituto alerta para uma “desaceleração acentuada” em comparação com o crescimento de 0,8% registado no país em 2018.
O défice foi de 1,6%, inferior aos 2,2% de 2018 e o melhor valor desde 2007, altura em que alcançou os 1,3%.
No que diz respeito à divida pública, esta manteve-se em 134,8% do PIB, acima do limite de 60% fixado no Pacto de Estabilidade. Itália permanece nos seus máximos históricos no que diz respeito à dívida pública.
Para 2020, o Governo prevê que o novo coronavírus afecte a economia de Itália, o país da Europa actualmente mais atingido pela doença, que, segundo o último balanço oficial, provocou mais de 1600 contágios, entre os quais 34 mortos. As regiões mais afectadas são as do Norte do país.
O primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, já avisou que o impacto económico “pode ser muito importante” e os especialistas alertam para que o país pode entrar em recessão no primeiro trimestre do ano, depois de registar uma contracção de 0,3% no último trimestre de 2019.