1. Preocupados que estamos, e com razão, com o coronavírus, menos atenção teremos prestado a um outro vírus que se dissemina na Europa e que foi particularmente notório durante o Carnaval, talvez porque as pessoas se sintam mais à vontade para tirar a máscara e revelar-se tal como são. Na Bélgica, esse país que vive há nove meses sem governo, a cidade de Aalst (Flandres) resolveu reincidir numa estranha demonstração de anti-semitismo, escolhendo como figura principal do desfile de Carnaval a caricatura do velho usurário judeu, de longas barbas e nariz adunco, suportada por um corpo de insecto. Reincidiu porque, no ano passado, ao escolher o mesmo tema para as suas famosas festas de Carnaval, cuja tradição remonta ao século XV, viu a UNESCO suspender a classificação de Património Cultural Imaterial da Humanidade atribuída à cidade.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
1. Preocupados que estamos, e com razão, com o coronavírus, menos atenção teremos prestado a um outro vírus que se dissemina na Europa e que foi particularmente notório durante o Carnaval, talvez porque as pessoas se sintam mais à vontade para tirar a máscara e revelar-se tal como são. Na Bélgica, esse país que vive há nove meses sem governo, a cidade de Aalst (Flandres) resolveu reincidir numa estranha demonstração de anti-semitismo, escolhendo como figura principal do desfile de Carnaval a caricatura do velho usurário judeu, de longas barbas e nariz adunco, suportada por um corpo de insecto. Reincidiu porque, no ano passado, ao escolher o mesmo tema para as suas famosas festas de Carnaval, cuja tradição remonta ao século XV, viu a UNESCO suspender a classificação de Património Cultural Imaterial da Humanidade atribuída à cidade.